Ribeirinhos denunciam problemas provocados por embarcações
A cheia dos rios Tapajós e Amazonas trouxe à tona outro problema ocasionado a ribeirinhos de Santarém, nesta época do ano. No início desta semana, diversas reclamações foram protocoladas aos órgãos de segurança em relação a embarcações que provocam banzeiros nas comunidades que estão alagadas.
Preocupados com o problema ocasionado pelas embarcações, os ribeirinhos cobram providências dos órgãos competentes. “Eu estou me sentindo ruim devido às embarcações que passam em frente de casa. Não é só eu, é muita gente! Então, os piores barcos que fazem banzeiros, eu vou citar o nome e se por acaso alguém quiser me procurar pra saber se é verdade é só ir lá na comunidade. Eu assumo pelo que estou dizendo, o João Quirino, Quirino Neto, o Jean Carlos, que é um barco muito grande e o Rodrigues Alves, que é muito perigoso pra fazer banzeiro e a nossas casas estão muito perto d’água”, denuncia o morador da Comunidade de Santa Maria do Tapará, Antonio dos Santos.
Antônio dos Santos sugeriu que os comandantes dessas embarcações naveguem pelo rio Amazonas, da mesma forma como fazem no período do verão, para evitar mais problemas aos ribeirinhos ou diminuam a velocidade ao se aproximarem das comunidades. Além dos problemas eminentes de derrubar as casas, os banzeiros nos barcos podem alagar canoas e bajaras que transportam crianças para as escolas.
No mês passado, outro ribeirinho procurou a reportagem para denunciar a alta velocidade das embarcações de grande porte em frente à cidade, colocando em risco a segurança de pessoas dos barcos menores que ficam ancorados no cais de arrimo.
Em relação à cheia, o nível do rio Tapajós em Santarém atingiu 7.62 metros no início desta semana, segundo a medição feita pela Capitania dos Portos, na régua da Agência Nacional de Águas (ANA), localizada no Porto da Companhia Docas do Pará (CDP). No mesmo período de 2012, de acordo com a Marinha, foi registrado o nível de 7.50 e 7.06 metros em 2013.
A Marinha informou que a subida do rio no Município já está com 30 centímetros acima da cota de alerta e deve continuar avançando nos próximos dias. Em vários trechos da Avenida Tapajós a água já invadiu o asfalto, na orla da cidade. A Prefeitura trabalha na colocação de bombas e na interdição de trechos da Avenida. Pontes já foram instaladas para facilitar a passagem dos pedestres.
SOLICITAÇÃO: A Associação Comercial e Empresarial de Santarém (ACES) garante que entidades do setor de comércio e serviços entregaram no mês de fevereiro uma solicitação ao Banco da Amazônia e Banco do Brasil pedindo a concessão de linhas de créditos para empresas atingidas pela cheia. O Banco do Brasil informou que pediu a prorrogação do financiamento concedido as empresas em cheias anteriores e o Banco da Amazônia aguarda a determinação de Brasília sobre o Decreto Emergencial.
Fonte: RG 15/O Impacto