Líder comunitária denuncia empresas SISA e BURITI
Famílias que fazem parte do Movimento dos Trabalhadores em Luta Por Moradia (MTLM) acamparam na tarde de segunda-feira, 26, nas margens da rodovia Fernando Guilhon, às proximidades do Residencial Salvação, em Santarém, Oeste do Pará. Cerca de 100 famílias reivindicam junto a Prefeitura de Santarém a disponibilização de um terreno para moradia, que é de propriedade da empresa Sisa/Salvação e fica ao lado do loteamento que está com obras paradas.
Após procurar a sede da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) Subseção de Santarém na manhã de segunda-feira, o MTLM garante que a entidade está intermediando as negociações com aos governos Municipal e Estadual. “Procuramos o Dr. Ubirajara Bentes que se prontificou em dar respaldo ao Movimento. Ele garantiu que vai levar ao conhecimento do Governo Estadual e do prefeito de Santarém que existem essas famílias que precisam de moradia”, argumenta a presidente do MTLM, Margareth Ferreira.
Hoje, segundo ela, o MTLM luta pela necessidade das famílias que não têm casa própria, porém, a área que o Movimento reivindica, a Família Corrêa diz que pertence a ela. “O empreendimento Sisa/Salvação também alega que é proprietário da área e que negociou junto a Imobiliária Buriti, que é uma empresa de corretores e loteamento. A Buriti tem uma área que foi embargada pela Justiça e agora alega que este terreno que estamos reivindicando também pertence a ela”, expõem Margareth.
De acordo com ela, o MTLM ocupou a área pela primeira vez no ano de 2011, na mesma época em que a Família Corrêa fez a negociação com a empresa Buriti. “Nessa época ocorreu o grande crime ambiental no Lago do Juá. Hoje, o povo continua ocupando uma área de 200 metros que constatamos que não foi colocada na negociação e, que teria ficado para a Família Corrêa”, afirma Margareth.
Margareth Ferreira aponta que nada foi feito até hoje para resolver o problema da falta de moradia em Santarém, até porque, segundo ela, todas as obras do governo que vêm para a cidade não são concluídas e não resolvem a demanda das famílias que não tem onde morar.
“Queremos saber para onde está indo o dinheiro que é liberado para a construção de casas para essas famílias que não tem onde morar? As famílias vivem agregadas e não agüentam mais pagar aluguel. Hoje, as casas que o governo está construindo estão alagadas. Perguntamos também se os impostos cobrados pela Prefeitura foram todos pagos pela Buriti ou pela Sisa? Deve ser feita uma investigação para ver se esses impostos foram pagos anualmente e quanto foi pago até hoje”, sugere Margareth Ferreira.
O representante do MTLM, Marilson Andrade, afirma, também, que a área de 200 metros de largura não tem documentação. “Essa área não tem documento, tem famílias tradicionais que querem se apropriar dessa área. A gente quer que o Prefeito venha desapropriar essa área e entregar para o povo”. Em fevereiro deste ano, cerca de 200 famílias invadiram a área.
Segundo os representantes do MTLM, o protesto é uma reivindicação de 1.500 famílias. Eles ainda informaram que o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) Santarém, Dr. Ubirajara Bentes, intermedia as negociações com o governo municipal para destinação da área. As famílias ameaçam invadir o terreno caso a Prefeitura não apresente uma posição e afirmam que não vão sair do local enquanto não tiverem um posicionamento do governo municipal.
Por: Manoel Cardoso
Que sem teto nada, esse pessoal invade terras alheia e depois vendem, sao uns arruaceiros que nao tem o que fazer, e querem terreno logo pertinho do choping, omde esta mais valorizado.
Se essa senhora \”virar\” índia, logo, logo, terá um teto. Para morar?. claro que não. Para vender e fomentar novas invasões. O Brasil bem que poderia trocar de nome e chamar-se Casa da Mãe Joana. Sem ofender a mesma. Hipócritas ( Governantes ).