Defesa Civil traça metas de prevenção a cheia dos rios Tapajós e Amazonas
Com o intuito de intensificar as ações de prevenção a enchente de 2015, a coordenadoria da Defesa Civil do Município de Santarém garante que está monitorando desde o início do ano o nível dos Rios Tapajós e Amazonas. O trabalho faz parte da estratégia do órgão, para que sejam tomadas ações referentes a possíveis danos ambientais e problemas ocasionados a famílias ribeirinhas.
O período chuvoso com a subida das águas preocupa até mesmo quem nunca teve a residência alagada, como a comerciante Maria Salverina Reis, que mora no bairro Uruará. “Aqui nunca ultrapassou o nível, mas já chegou perto. Aí a gente não sabe, já que as previsões ainda não apontam como vai ser a cheia do ano que vem”, declarou.
O coordenador da Defesa Civil de Santarém, Darlison Maia, afirma que o órgão já está traçando algumas estratégias de trabalho para que não seja pego de surpresa como em anos anteriores.
De acordo com Maia, os recursos não são muitos, mas o órgão tem se organizado para ir em busca de ter como atender a população.
“O rio deu uma subida, mas baixou novamente. A agente crê que apesar das chuvas que estão caindo, mas não interfere muito no nosso nível da cidade. A gente acredita que ela vai continuar nessa situação até o final de novembro e a gente crê que partir de dezembro já começa a vir a subir realmente”, informou Maia.
Ainda segundo Maia, sempre que começa a chover com intensidade a água do rio aumenta de nível, mas posteriormente volta a descer. Ele explicou também que o verão deste ano não apresentou nenhum impacto forte na região. O alerta de se dá agora para uma possível cheia de grande proporção na região.
TEMOR: Com o anúncio de que o nível do Rio Tapajós deve alcançar grande proporções em 2015 e, que deve se aproximar da marca registrada em 2009, quando Santarém, no oeste do Pará, teve a maior enchente dos últimos 50 anos, os comerciantes temem que prejuízos afetem toda a região e se preparam para o período.
A empresária Marita Gentil tem uma loja próxima a Praça do Pescador. Ela lembra que, em 2009, a água ficou mais de meio metro acima do piso do estabelecimento e foi preciso fazer marombas, estruturas de madeira para levantar o assoalho e continuar em funcionamento. “A água entrou aqui. Ficamos nas marombas todo o tempo. Nós mesmos não recebemos nenhuma ajuda, mas recebemos do lado de fora, que fizeram as passarelas e era a rua do comércio inteira cheia de passarela”, relembra a empresária.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Lojistas de Santarém (Sindilojas), César Ramalheiro, algumas reuniões já foram realizadas com a prefeitura e a Defesa Civil, como forma de preparar o centro comercial com bombas de sucção para o período de cheia do rio. “A partir do momento em que a gente viu que a cheia de 2014 realmente ia ser grande, a primeira reunião aconteceu no primeiro semestre, na sede do Sindilojas, com a Defesa Civil do município e do estado e com a Seminfra, para traçar diretrizes preventivas para a enchente. A primeira providência solicitada foi a instalação de bombas, principalmente a que fica próximo ao Mascotinho, que é a que de maior vazão para a água toda que fica acumulada no centro comercial”.
Fonte: RG 15/O Impacto