MILTON CORRÊA
FESTA DE NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO
A festa de Nossa Senhora da Conceição, que celebramos na última segunda-feira, 08/12, confunde-se com a própria história de Santarém. O fundador da cidade, o Jesuíta João Felipe Bettendorf, consagrou a então aldeia dos Tapajós à Virgem Imaculada.
Há registros de que o primeiro Círio foi realizado em 29 de novembro de 1919. Com o passar dos anos a romaria foi atraindo um maior número de pessoas que, aos milhares, não medem sacrifícios para saudar a Virgem da Conceição pelas ruas de Santarém.
Durante a festividade, outras romarias são feitas, como o círio, Caminhada de Fé com Maria saindo da cidade de Mojuí dos Campos; até a Praça da Igreja Matriz, em Santarém. Círio das Crianças, Carreata de anunciação da Chegada do Círio, Romaria dos idosos, Vigília “Doe seu Sono para Nossa Senhora”, e procissão de encerramento.
Segundo historiadores, a primeira Igreja de Nossa Senhora da Conceição foi construída em 22 de junho de 1661, época do Padre João Felipe Bettendorff que fundou a Aldeia de Nossa Senhora da Conceição dos Tapajós, onde sua construção era de taipa.
A primeira Igreja foi edificada no Largo do Pelourinho, centro da Vila, hoje Praça Rodrigues dos Santos. No centenário da fundação de Santarém, em 1761, deu-se início a construção de uma nova matriz.
Hoje a igreja Nossa Senhora da Conceição está situada na Praça Monsenhor José Gregório, no centro da cidade de Santarém. A edificação da igreja sofreu, ao longo do tempo, restaurações e modificações em sua arquitetura original.
Nem sempre o Círio de Nossa Senhora da Conceição era realizado aos domingos. A data era 28 de novembro, não importando se caia num domingo ou dia da semana, já que a data era declarada feriado municipal. Entretanto, em 1941 quando inaugurou em Santarém a primeira agência do Banco do Brasil, o então gerente, Walter Guimarães Pereira da Silva, escreveu um artigo com o título “O Círio da Quinta”, para um jornal local, no qual questionava a realização do Círio em dia da semana e defendia que o comércio e o banco não deveriam fechar as portas por causa da procissão. Não demorou, para que a igreja e os comerciantes entrassem em acordo para que o Círio fosse realizado nos anos seguintes no último domingo de novembro, mantendo o encerramento da festa para o dia 08 de dezembro, haja vista tratar-se de um dia santo de guarda.
A corda dos promesseiros não existia nos primeiros anos do Círio. A ideia de instituir a corda, a exemplo do que já acontecia no Círio de Nazaré, foi do Sr. Endemar da Costa Machado (Machadinho), em 1971. A tradição foi mantida e persiste nos dias atuais.
A cada ano, aumenta o número de homens e mulheres que sacrificam-se na corda que protege a berlinda com a imagem da Conceição, para agradecer por graças alcançadas. Na chegada ao elevado da Praça da Matriz, os cordeiros são muito aplaudidos pelo povo que aguarda para a celebração da Santa Missa. Nos semblantes exauridos, é perceptível a emoção por conseguir concluir a peregrinação. A corda é cortada em pequenos pedaços que cada um dos promesseiros leva para casa como lembrança do Círio.
UM EXEMPLO A SER SEGUIDO
A Câmara de vereadores de Santarém sai na frente e acaba com o processo de reeleição de seu presidente. Um exemplo a ser seguido pelas demais câmaras municipais de todo o País, Assembleias Legislativas e Congresso Nacional.
Mais que isso, a medida deve ser adotada para o caso de prefeitos, governadores e presidente da república, que ainda hoje podem ser reeleitos, muitos deles utilizando a máquina pública para usufruir disso, o que torna-se um verdadeiro desrespeito a população.
Vivemos em um país, onde a Democracia parece ser palpável. Ou seja, permite-nos a liberdade de escolha dos nossos legítimos representantes políticos, em todas as esferas: municipal, estadual e federal.
Porém, essa liberdade nem sempre ocorre em plenitude, quando vemos pessoas que já estão nos cargos executivos e legislativos optarem pela reeleição, já que estão viciados e acostumados na sombra do poder, sem que possam dar oportunidades para outros que pretendem exercer mandatos políticos.
Uma das principais funções da democracia é a proteção dos direitos humanos fundamentais, como as liberdades de expressão, de religião, a proteção legal, e as oportunidades de participação na vida política, econômica, e cultural da sociedade.
Os cidadãos têm os direitos expressos, e os deveres de participar no sistema político que vai proteger seus direitos e sua liberdade.
Porém, nem sempre é assim, há muitos casos em que, os que já exercem cargos no legislativo e no executivo, reeleitos ou não, pensam mais em si, do que no interesse coletivo.
Daí, ser importante refletirmos os efeitos da reeleição, como um ato de interesses pessoais do reeleito, em detrimento aos anseios do povo.
Assim como já fizemos a campanha das diretas já, podemos fazer também a campanha do não a reeleição. E por que não?
A VIOLÊNCIA PARECE ESTAR SEM CONTROLE
A cidade de Santarém tem vivido nos últimos dias, um alto índice de violência. São crimes de homicídios, alguns com requinte de crueldade; assaltos, tráfico de drogas, furtos, roubos, acidentes de trânsito com vítimas fatais, sem contar outros de menor repercussão.
A constatação de que a violência parece estar sem controle, vem deixando os santarenos apreensivos, com medo e prisioneiros em suas próprias casas.
Essa sensação de que a violência está sem controle em Santarém é vivenciada no dia-a-dia, dentro dos ônibus, das casas comerciais, nas agencias bancárias, na rua e até nas residências, onde acontecem os constantes assaltos e roubos e como não há a eficácia da ação policial, as vitimas estão reagindo, arriscando suas vidas, correndo riscos de serem assassinadas, como tem acontecido.
Daí ser urgentemente e necessário que os órgãos de segurança pública principalmente as Polícias Militar e Civil, viabilizem novas e eficazes fórmulas de combate ao crime, para que os santarenos não fiquem sendo reféns de bandidos, que esnobam da policia e usam e abusam da impunidade.