PMDB deve ocupar seis ministérios no segundo mandato de Dilma
A presidente Dilma Rousseff conversou com o vice-presidente da República Michel Temer, na noite de segunda-feira e na manhã desta terça, sobre a participação do PMDB no segundo mandato. Segundo peemedebistas, o partido deve ocupar seis ministérios: Minas e Energia, com o senador Eduardo Braga (AM), atual líder do governo no Senado; Agricultura, com a senadora Kátia Abreu (TO); Aviação Civil com o deputado Eliseu Padilha (RS); Pesca deve ir para Helder Barbalho, derrotado para o governo do Pará e filho de Jader Barbalho; Portos com o deputado Edinho Araújo (SP); e Turismo deve permanecer com Vinícius Lages no comando.
Na última versão discutida pela presidente, o governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), irá para o Ministério da Defesa, no lugar do embaixador Celso Amorim; e Ricardo Berzoini (PT), atualmente na Secretaria de Relações Institucionais (SRI), assumirá o Ministério das Comunicações, substituindo Paulo Bernardo (PT). Na noite de segunda, Dilma recebeu no Palácio do Planalto o governador do Ceará, Cid Gomes (Pros), cotado para o Ministério da Educação.
Dilma ofereceu, na noite de segunda-feira, o Ministério da Integração Nacional para o PP, mas o presidente do partido, senador Ciro Nogueira (PI), respondeu que a sigla gostaria de manter o Ministério das Cidades. O plano de Dilma é oferecer Cidades para o ex-prefeito de São Paulo Gilberto Kassab (PSD), coforme antecipou a coluna Panorama Político. O presidente do PP esteve novamente com Dilma na manhã desta terça-feira, mas o impasse permanece.
O argumento utilizado pela presidente foi que, com o Ministério da Integração Nacional, ela contemplaria o PP do Nordeste, que fez campanha para sua reeleição. Já no Sul e Sudeste, o partido fez campanha para o candidato do PSDB, senador Aécio Neves (MG).
– O Mercadante (ministro da Casa Civil) está pensando com a cabeça de São Paulo e quer dar Cidades para o Kassab. Ele (Mercadante) está jogando pesado – afirmou um integrante do PP.
PMDB DEVE OCUPAR SEIS MINISTÉRIOS
De saída do Ministério de Minas e Energia, pasta em que esteve à frente por seis anos e meio, Edison Lobão disse que o nome de seu substituto será conhecido ainda nesta terça-feira. Ele não revelou quem é, sob o argumento de que estão sendo feitas algumas “costuras” pelo Palácio do Planalto.
– Acho que a presidenta Dilma Rousseff anuncia não só o nome do meu substituto. Mas de boa parte do Ministério – disse Lobão, durante café da manhã com jornalistas.
Lobão negou que haja crise entre o PT e o PMDB. Segundo ele, o que existem são algumas divergências e que, por isso, os peemedebistas deixarão de estar ao lado do governo no Congresso.
– O PMDB tem sido solidário e eficiente com o governo – disse o ministro, lembrando a vitória do Executivo na aprovação do texto que mudou a forma de calcular o resultado primário do setor público.
Ele retornará ao Senado, Casa em que representa o Maranhão pelo PMDB.
Dilma Rousseff se reuniu na manhã desta terça-feira com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. A presidente oferecerá um almoço de confraternização com seus ministros no Palácio da Alvorada.
Fonte: O Globo