Profissionais da saúde protestam em frente à Prefeitura de Santarém
Em protesto realizado por volta de 10h, desta segunda-feira, 05, em frente à Prefeitura de Santarém, na Avenida Anysio Chaves, no bairro do Aeroporto Velho, Agentes Comunitários de Saúde (ACSs) e Agentes de Combate a Endemias (ACEs) reivindicaram junto à administração pública melhores condições de trabalho.
Os manifestantes saíram de frente da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) com faixas, cartazes e apoio de um carro som em direção à Prefeitura Municipal, onde realizaram o ato público. Os agentes afirmam que estão passando por sérias dificuldades para realizar os trabalhos de visitação nas residências por falta de material de campo, como papel, martelo picadeiro, pesca larvas, pipeta conta gotas, entre outros.
Por conta disso, segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde Publica do Pará (Sintesp/PA) Núcleo de Santarém, Sandro Pacheco, os agentes não estão conseguindo fazer um bom trabalho quando vão para as ruas fazer visitação nas residências e, com isso não estão conseguindo fechar o ciclo do quantitativo de casas de dois em dois, como determina o Ministério da Saúde.
“Neste ano o Ministério da Saúde já repassou para Prefeitura de Santarém cerca de R$ 5 milhões, para serem investidos nos Agentes de Endemias e Agentes de Saúde. Por isso, como o dinheiro não foi investido, os Agentes de Endemias acabam não efetuando o ciclo que o Governo Federal preconiza de dois em dois meses e com isso não está sendo visitado 100% das residências de Santarém”, denuncia o sindicalista.
Sandro reforça que a principal reivindicação dos profissionais é que o Governo Municipal faça melhorias nas condições de trabalho. Ele afirma que a categoria de ACSs e ACEs está pagando para trabalhar, porque não está havendo investimento por parte do Governo Municipal, para custear materiais básicos, como folha de papel, para que o agente possa preencher os dados dos moradores, para em seguida enviá-los ao Ministério da Saúde.
“Esse é o principal motivo da categoria ter vindo pra rua para reivindicar nossos direitos, porque a gestão municipal não está fazendo o papel dela de dar condições de trabalho para que essas duas categorias possam desenvolver suas atividades, que são de extrema importância para a população de Santarém”, destaca Sandro.
Segundo ele, o quadro de Agentes de Endemias é de 100 profissionais. Já os Agentes Comunitários de Saúde são 645, após a última chamada que aconteceu depois do processo seletivo de 2012. “Esse quantitativo é insuficiente para atender toda a demanda do Município de Santarém. Os agentes de saúde estão trabalhando com um quantitativo de famílias acima do permitido”, revela Sandro.
Em algumas áreas da cidade, de acordo com o sindicalista, não tem agentes de saúde pelo fato deles não terem sido admitidos pela Prefeitura, mesmo tendo feito o processo seletivo. Sandro acrescenta que dos Agentes de Endemias, 80 deles trabalham diretamente na prevenção e combate a Dengue e o Chycungunya, que são doenças novas que estão sendo transmitidas pelo vetor Aedes Aegypti.
“Em conseqüências disso, muitas famílias acabam ficando desassistidas. Os agentes não estão conseguindo desenvolver 100% do seu trabalho, por falta de material, porque não estão conseguindo atingir num prazo de dois meses, como o Ministério da Saúde preconiza para se fechar o ciclo, para que o profissional possa visitar todas essas residências que são necessárias”, diz Sandro.
Fonte: RG 15/O Impacto