Em depoimento, Mônica Pinto reafirma que sabia de fraudes
Já dura mais de cinco horas a sessão de interrogatório da ex-chefe da Divisão de Pessoal da Alepa (Assembleia Legislativa do Pará), Mônica Alexandra da Costa Pinto, no Fórum Criminal de Belém, nesta segunda-feira (30). Ela é a primeira acusada a ser ouvida, de uma série de 14 interrogatórios de réus que respondem a um dos processos relacionados à casa legislativa. A audiência é presidida pela juíza Alda Gessyane.
Mônica Pinto era responsável pela folha de pagamento da Alepa e trabalhou na Casa Legislativa por 17 anos. Na manhã de hoje, Mônica respondeu a uma série de perguntas formuladas pela juíza Alda e pelos promotores de justiça que acompanham o caso. Acompanhada pelo advogado, Luciel da Costa Caxiado, ela confirmou que sabia das fraudes que resultaram em vários processos ajuizados pelo Ministério Público do Estado, entre elas a da folha de pagamento que incluia funcionários e estagiários ‘fantasmas’.
Segundo a denúncia, pessoas que nunca trabalharam na Alepa, inclusive empregadas domésticas, vendedores e trabalhadores autônomos, apareciam na folha de pagamento da Casa, com salários que variavam de R$ 4 mil a R$ 16 mil. Elas entregavam seus documentos pessoais a servidores com a promessa de que receberiam cestas básicas, brinquedos e emprego. O que ocorria é que elas tinham seus nomes incluídos na folha, mas o salário que deveriam receber era, na verdade, dividido entre os fraudadores.
São também réus no processo Semel Charone Palmeira, Edmilson de Souza Campos, José Robson do Nascimento (o ex-jogador de futebol Robgol), Mylene Vânia Carneiro Rodrigues, Elzilene Maria Lima Araújo, José Moisés Caddah, Adailton dos Santos Barbosa, Fernando Augusto de Carvalho Rodrigues, Sergio Duboc Moreira, Elenise da Silva Lima, Daura Irene Xavier Hage, Maria Genuina Carvalho de Oliveira e Danielle Naya Xavier Hage Gonçalves. Eles devem ser ouvidos em breve.
Fonte: Portal ORM