Infraero fechará Aeroporto de Santarém no período da noite
Após conclusão da reforma e ampliação da infraestrutura do Aeroporto Maestro Wilson Fonseca, de Santarém, a retração da economia nacional acabou por trazer uma triste realidade para os passageiros que utilizam o transporte aéreo para se deslocar em suas viagens. Em crise, e anunciando aos quatros cantos os prejuízos com a redução das demandas por vôos, as Companhias Aéreas que operam no Terminal de Santarém já realizaram o cancelamento de vários vôos.
Diante desta realidade, a Infraero de Santarém já solicitou à direção da empresa, que possa efetivar um novo horário de funcionamento. De acordo com a proposta, não haverá operação no terminal, no período entre 23 horas e 6 horas. Desta forma em vez de operar 24 horas, passará a operar apenas 17 horas. A medida começa a vigorar a partir do dia 1º de abril deste ano.
A população local, bem como os turistas que vêem a Santarém e cidades da região, ganharam uma estrutura ampliada, porém, com o cenário atual, acabará por ficar ociosa. Segundo a Infraero, a medida é necessária para melhorar gestão do Aeroporto, bem como reduzir custos operacionais.
AEROPORTO MAESTRO WILSON FONSECA: O Aeroporto de Santarém foi fundado em 31 de março de 1977, por meio do documento de absorção e/ou homologação e denominação oficial da Portaria nº 069/GM-5 de 09 de julho de 1975, em parceria com a Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia – SUDAM, a fim de atingir uma das metas do governo federal na Amazônia, que era interligar a Amazônia aos demais estados brasileiros.
Em 31 de março de 1980, o aeroporto foi transferido à jurisdição da Infraero e em agosto de 2006, por meio da Lei nº 11.338, passou a ser denominado de Aeroporto de Santarém – Pará – Maestro Wilson Fonseca, em homenagem ao renomado poeta e compositor santareno. Na praça em frente ao Terminal de Passageiros há o busto do famoso maestro, esculpida em bronze pelo escultor retratista Henrique Hülse.
O aeroporto está localizado a 15 km de distância do centro da cidade e possui acesso facilitado pela Rodovia Fernando Guilhon. Em seu entorno, uma ornamentação paisagística especial mostra de forma marcante o portal de entrada da região, denominada de “A Pérola do Tapajós”.
O Aeroporto de Santarém possui importante papel no estreitamento dos laços com o restante do Brasil e do mundo, devido à sua localização geográfica, entre Belém e Manaus, é uma alternativa para voos internacionais. Além, de representar um grande instrumento para o desenvolvimento econômico e turístico da região.
A CRISE NO SETOR AÉREO: De acordo com informações das Companhias Aéreas divulgadas pela EBC, a demanda por vôos domésticos no Brasil recuou 3,1% em fevereiro em relação ao mesmo mês de 2015, segundo Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), criada pelas empresas Avianca, Azul, Gol, Tam e Trip. Essa foi a sétima variação negativa consecutiva. A retração da demanda superior à da oferta pela quinta vez seguida revela, segundo a associação, o desaquecimento do mercado e mostra-se como limitador dos esforços do setor para preservar a ocupação dos vôos.
O total de passageiros transportados em voos dentro do País somou 7,2 milhões, um decréscimo de 0,7% sobre fevereiro do ano passado. Os números são a compilação das estatísticas de Avianca, Azul, Gol e Tam, responsáveis por 99% do mercado doméstico, segundo a Abear.
Para a associação, a sequência de resultados mensais negativos aponta para um resultado ruim para o ano de 2016. Considerados os 12 meses mais recentes (março/15 a fevereiro/16) comparados aos 12 meses imediatamente anteriores, a oferta tem redução de 0,3%, para uma demanda que recua 1%.
Em fevereiro, a participação do mercado doméstico por empresas ficou distribuída da seguinte forma: Gol (36,24%), Tam (35,71%), Azul (16,71%) e Avianca (11,33%).
CARGAS: As associadas Abear transportaram 22,6 mil toneladas de cargas no mercado doméstico no mês de fevereiro, ou seja, 8,3% abaixo do registrado no mesmo mês do ano passado. Na mesma base de comparação, nos voos internacionais, a carga total movimentada cresceu 38,7%, chegando a 16,6 mil toneladas.
Em 12 meses, o mercado doméstico de cargas caiu 9,5%, enquanto mercado internacional cresce 7,3%. Os números abrangem as operações de Avianca, Azul, Gol, Tam e Tam Cargo.
Por: Edmundo Baía Filho