Polícia Civil de Santarém desbarata quadrilha de tráfico de peixes ornamentais
A Superintendência de Polícia Civil do Baixo Amazonas, a Secretaria de Estado de Meio-Ambiente e Sustentabilidade (Semas), a Polícia Militar e o Ministério Público Federal (MPF), realizaram, de forma conjunta, uma operação, na última quinta-feira, 16, denominada “Safer River”, em Santarém, oeste do Pará, para desarticular uma associação criminosa que tinha por objetivo traficar peixes ornamentais de forma ilegal para fora do Estado e para o exterior.
Cinco pessoas foram presas em flagrante com uma carga avaliada em R$ 100 mil formada por espécies aquáticas, como arraias e acaris. Os suspeitos alegaram que 200 peixes apreendidos da espécie Buiú, poderiam ser comercializados, mas não apresentaram nota fiscal. As investigações mostraram que a carga sairia de Santarém e seria traficada para Manaus, no Amazonas, e depois para o exterior.
Após o recebimento de informações, a equipe policial coordenada pelos delegados Silvio Birro, do Núcleo de Apoio à Investigação (NAI) de Santarém, e Marcos Mileo, do Grupo de Pronto-Emprego (GPE) da Polícia Civil, juntamente com equipe da Semas, deslocou-se até o Aeroporto Internacional Maestro Wilson Fonseca. No local, durante verificação das imagens do equipamento de raio-x, os agentes flagraram o momento em que duas malas pertencentes a dois suspeitos estavam carregadas de peixes ornamentais.
Dessa forma, os suspeitos foram presos em flagrante. Logo em seguida, foram presos mais três suspeitos que davam apoio logístico para o esquema criminoso.
Os agentes chegaram em seguida à casa que era usada para armazenar os peixes, no bairro Aeroporto Velho. No imóvel, foram apreendidos diversos peixes ornamentais, entre os quais arraias e acaris, que seriam comercializados de forma ilegal, além de um carro pertencente a quadrilha.
Ao todo, segundo fiscais da SEMMA, foram apreendidos 53 arraias conhecida na região como “Jabuti” e, 422 acaris de cinco espécies diferentes. O preço das arraias, segundo os fiscais, seria em torno de R$ 2 mil, a unidade em Manaus. Porém, no exterior o preço iria triplicar. Já os acaris, o preço iria variar entre R$ 1 mil e R$ 1,5 mil, em Manaus.
Os animais apreendidos foram encaminhados para o Instituto de Ciências e Tecnologias das Águas, da UFOPA (Universidade Federal do Oeste do Pará), onde foram recebidos pelo professor Luciano Jensen e Michele Midori Sena Fugimura, do Laboratório Múltiplo para a Produção de Organismos Aquáticos.
A operação faz parte de uma série de ações promovidas pelo Estado do Pará, visando o enfrentamento aos crimes contra o meio-ambiente e fraudes ambientais.
Por Manoel Cardoso
RG/15 O Impacto