Espírito Santo transfere controle da segurança pública para as Forças Armadas

O ministro da Defesa, Raul Jungmann, anunciou, esta tarde, que a Operação Capixaba receberá reforço de 550 militares das Forças Armadas.

O governo do Espírito Santo transferiu o controle operacional dos órgãos de segurança pública para o general de brigada Adilson Carlos Katibe, comandante da força-tarefa conjunta e autoridade encarregada das operações das Forças Armadas, O objetivo é promover a garantia da lei e da ordem no estado, no período de 6 a 16 de fevereiro.

O decreto está publicado no Diário Oficial do estado desta quarta-feira (8) e foi assinado pelo governador em exercício, César Colnago, e pelo secretário de Segurança Pública, André Garcia.

O ministro da Defesa, Raul Jungmann, anunciou, esta tarde, que a Operação Capixaba receberá reforço de 550 militares das Forças Armadas. Além disso, segundo ele, mais 100 integrantes da Força Nacional de Segurança Pública chegarão a Vitória e serão empregados em patrulhamentos em municípios do interior. Eles se juntam ao mil homens do Exército e aos 200 da Força Nacional que já estão patrulhando as ruas da região metropolitana da capital capixaba.

“Estamos enviando estes 550 militares, que estão se deslocando em aviões ou por viaturas para Vitória. Conversei hoje com o ministro interino da Justiça, José Levi, que me informou que mais 100 homens da Força Nacional estão seguindo para cidades do interior capixaba”, afirmou Jungmann, em nota.

Manifestações

O Espírito Santo enfrenta uma grave crise na segurança pública desde que os policiais militares deixaram de patrulhar as ruas. As manifestações começaram na sexta-feira (3), quando parentes de policiais, principalmente mulheres, se reuniram em frente à 6ª Companhia, no município de Serra, na Grande Vitória, e bloquearam a saída de viaturas. Os PMs reivindicam reajuste salarial e o pagamento de auxílio-alimentação, periculosidade, insalubridade e adicional noturno.

Os protestos se estenderam para outros batalhões durante o fim de semana e, segundo a Associação de Cabos e Soldados da Polícia Militar e Bombeiro Militar do Espírito Santo, atingem todos os quartéis do estado.

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