Santarém sem governo

Artigo de Carlos Henrique N. Maria                                                

Com certeza, dentro da população que vive na cidade de Santarém, uma grande porcentagem gostaria de viver numa cidade limpa e bem cuidada. Mas a razão disso encontra-se  em dois pólos; população e governo. Se o povo não é educado, o governo tem que educá-lo através de um trabalho rigoroso de conscientização. Após isso, caso não surta efeito, o que é bem provável, pois ainda há quem não absorva a idéia, partir para a multa, não há outra saída. Seja o fato de lançar pontas de cigarro, papéis, resto de lanche, qualquer tipo de lixo nas vias públicas sem utilizar as lixeiras, lógico que estas terão que estar à disposição para que sejam utilizadas.

Temos um rio exuberante que banha a cidade. O seu azul contrasta com o encontro com o Amazonas, tornado-o ainda mais bonito. Visão que eleva o valor do orgulho de poder apreciá-lo. Mas vejam o que acontece; não há conscientização nenhuma em sua preservação. Em pouco tempo não poderemos mais observar esse rio como antes, pois o mesmo está sendo envenenado aos poucos. Vai chegar o momento em que falar de pesca na orla será apenas de forma saudosa, pois dará lugar a um rio morto e com odor podre, onde nem sequer passeio na orla vai existir, pois quem vai agüentar ficar a mercê da podridão?

No inverno, toda a sujeira da cidade desce nas enxurradas para os esgotos que às vezes chegam a entupir e quando não, descem diretamente para o rio, destino final. Quando as águas baixam pode se ver o estrago, quanta sujeira acumulada em seu leito, e com agravamento, permanece lá por muito tempo, deixando à amostra do quanto somos imundos e possuímos um governo que merecemos, pois nele votamos, pois “todo povo tem o governo que merece”. Sabemos que há horário para se colocar o lixo caseiro para ser coleta, mas há quem o faça antes, ficando este à disposição de animais que aproveitam-se para dilacerá-lo, como cães e urubus, quanta falta de consciência!

Nos finais de semana, as praças, principalmente a praça do Pescador, amanhece repleta de sujeira por todo o lado. Sacos e mais sacos arrebentados, tornando uma montoeira de detritos onde urubus fazem a festa. Os bancos todos sujos, com copos e resto de sanduíches espalhados por toda a parte. É nesse momento que podemos medir a educação de um povo.

Os motoristas de nossa cidade conhecem bem o que é trafegar por nossas ruas travessas e avenidas. É tanta buraqueira que ao desviar de um buraco cai noutro. São ruas que em  vez de serem reestruturadas, são remendadas, causando um rebuliço danado para quem trafega por elas. O recém eleito prefeito deveria tirar um dia para dar um passeio por nossas transversais para sentir presencialmente o que relato. Posso citar umas delas; a Trav. Professor Carvalho, a 2 de junho, a Av. Pte. Vargas já estava sendo tomada pelos buracos, mas já taparam alguns buracos, também a Mendonça Furtado que merece mais atenção, a Rod. Curuá-Una que está deixando muito a desejar. Onde estão os responsáveis para colocarem em ordem nossas ruas, travessas, avenidas e rodovias? Acho que seria o mínimo que um Gestor deve fazer por sua cidade.

Um comentário em “Santarém sem governo

  • 14 de março de 2017 em 11:32
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    Pelo menos 200 pais de família aceitariam ganhar mil reais por mês pra limpar as ruas, mas essa verba vai pra ASPONES e cargos exigidos por aliados do prefeito. Infelizmente Nélio com certeza vai ser pior que a Maria do Carmo.

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