Laudo aponta vandalismo e sabotagem em equipamento da Ufopa
Um sapo foi encontrado dentro de um dos bebedouros da Unidade Tapajós, em Santarém
O último final de semana foi de bastante preocupação e indignação para os acadêmicos da Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa), em especial dos que estudam na Unidade Tapajós, em Santarém. É que eles descobriram que estavam consumindo água de um bebedouro industrial, que no seu interior tinha um sapo. O equipamento fica localizado próximo do Laboratório de Tecnologia da Madeira.
Apesar do caso ainda estar sendo apurado; a principal hipótese é que tudo representou uma brincadeira de muito mau gosto.
A situação aconteceu no sábado (9), e rapidamente as fotos com a cena bizarra ganharam as redes sociais, e acabaram provocando um reboliço, tanto entre os acadêmicos, como na população santarena. Muitos chegaram a duvidar sobre a realidade do que estavam vendo nas imagens, que logo foram confirmadas por servidores da instituição.
“Até onde nós chegamos! Isso precisa ser apurado e os culpados punidos”, disse um acadêmico, em comentário em uma rede social. De um modo geral o fato gerou revolta, porém, teve aqueles que resolveram brincar com a situação: “Antigamente as pessoas colocavam sapos nos potes de água para deixar a água mais fria”, comentou outro internauta.
Por meio da Superintendência de Infraestrutura (Sinfra/Ufopa), foi entregue à reitoria da Universidade o laudo técnico com o objetivo esclarecer o ocorrido. Os técnicos da Sinfra que assinam o laudo, Jardison Macêdo dos Santos e José Roberto da Silva Martins, asseguram que a equipe de manutenção visitou o local, por volta das 8h, do dia 10 de junho de 2017, oportunidade em que encontrou a tampa superior do bebedouro violada, sem os parafusos de fixação ao corpo do equipamento.
Devido ao sistema de alimentação de água do bebedouro ser constituído por uma tubulação de secção reduzida e não permitir a entrada de animais ou insetos, tudo leva à suspeita de que o animal foi introduzido no interior do bebedouro e retirado em seguida.
O superintendente da Sinfra, Reynaldo Serrão, assegura que a coordenação de eletromecânica e a própria Sinfra não foram oficialmente informados pelo instituto ou laboratório em questão, sobre esse incidente, e que ficou sabendo após postagem em rede social.
HIGIENIZAÇÃO: A equipe da Sinfra e da Coordenação de Eletromecânica realizaram os serviços de higienização do equipamento com hipoclorito, álcool e sabão. Em seguida a tampa do reservatório foi arrebitada para aumentar a segurança e evitar o acesso à parte interna do bebedouro, por pessoas não autorizadas. O mesmo procedimento está sendo replicado a todos os equipamentos instalados nas unidades da Ufopa (8 na Unidade Tapajós, 8 no Rondon, 6 no Amazônia e 1 na Proppit).
Vale ressaltar que a última manutenção realizada no bebedouro em que houve a ocorrência foi há dois meses, ou seja, o serviço estava em dia e foi constatado, naquele momento, que não havia nenhum problema que pudesse causar transtornos dessa natureza.
A periodicidade de manutenção desses equipamentos na Ufopa é de 3 em 3 meses, com abertura do bebedouro para verificar a existência de vazamentos e de outros fatores que possam apresentar riscos à saúde. Quando algum problema é detectado e não pode ser efetuada manutenção do equipamento, este é substituído.
Ao final dos serviços, no sábado, dia 10, foi feita uma reunião com a empresa contratada para reavaliar os procedimentos de manutenção dos bebedouros. Na oportunidade, foi solicitada intensificação no monitoramento desse tipo de serviço.
Em função do ocorrido, foi solicitado à Coordenação de Segurança Patrimonial os procedimentos cabíveis à apuração dos fatos relatados no lauto técnico.
A reitoria da Ufopa solicitou da Coordenação de Vigilância prioridade na instalação de circuito interno, com câmeras voltadas para detectar eventuais ocorrências nos bebedouros, considerando o cuidado com a integridade dos equipamentos a fim de assegurar a qualidade da água servida.
CONCLUSÃO: Os técnicos que realizaram o laudo concluíram que: Considerando as poucas evidências que foram encontradas até o momento da manutenção do equipamento, não é possível afirmar com exatidão quem pode ter colocado o animal no interior do bebedouro.
Pelo verificado, o sapo não teria condições de entrar no equipamento, salvo se, introduzido por humano, portanto, configurando-se uma possível sabotagem e vandalismo.
A coordenação de manutenção eletromecânica e a Sinfra continuarão intensificando os procedimentos de segurança e manutenção desses equipamentos.
Por: Edmundo Baía Junior
Fonte: RG 15/O Impacto