Mudança na regulação do Hospital Regional em Santarém visa evitar a superlotação no HMS

A Prefeitura de Santarém e o Governo do Estado, após reverem a forma de atuação da Central de Regulação do Hospital Regional do Baixo Amazonas (HRBA), adotaram uma nova medida, que deverá trazer como benefício a transferência dos pacientes dos municípios vizinhos diretamente para o HRBA, não sendo mais necessário passar pelo HMS, evitando a superlotação do mesmo.

A regulação das vagas disponíveis no Hospital Regional passou a ser de responsabilidade da Secretaria Estadual de Saúde (Sespa). Os municípios do Baixo Amazonas receberam treinamento da Sespa, em setembro, para utilizar a Central de Regulação de maneira correta.

A partir de agora, o cadastro no Sistema Estadual de Regulação (SER) para vagas disponíveis de exames e internações no HRBA deverão ser feitas pela Secretaria de Saúde do município de origem de cada paciente sob orientação da Sespa, e não mais pela Secretaria de Saúde de Santarém como era feito nos últimos anos.

Antes da nova medida, todos os pacientes de municípios da região, obrigatoriamente, tinham que passar pelo Hospital Municipal de Santarém, o que gerava a superlotação. Situação ruim principalmente para os pacientes de outras localidades porque chegavam a Santarém e ficavam internados na emergência, aguardando vaga no Hospital Regional (conforme o diagnóstico) por até 90 dias.

O prefeito Nélio Aguiar explica que a medida do governo municipal atende a legislação do SUS. “Hoje quem vai fazer a regulação do HRBA é a Sespa. Se o paciente tem um diagnóstico de câncer, o Hospital Municipal de Santarém não trata câncer, quem trata a doença é o Hospital Regional. A Secretaria de Saúde de Itaituba, por exemplo, vai pedir uma vaga para o paciente de atendimento oncológico, e assim que tiver a vaga, a Sespa vai informar a Secretaria de Itaituba. O paciente será transportado de lancha ou avião para ser atendido. Chegando a Santarém, ele não vai passar pelo Hospital Municipal, ele vai direto pro Regional, conforme avaliado pelo auditor da regulação. Mas em casos em que não houver vaga de imediato, o paciente aguardará no seu município em casa se tiver bem de saúde, e se tiver com quadro clínico ruim, precisará ficar internado no Hospital Municipal de Itaituba, receber medicação lá, e assim que for liberado o leito vai direito pra atendimento no Regional. Assim que vai funcionar atendimento eletivo”, detalhou o prefeito.

Nélio Aguiar ressaltou que os atendimentos de urgência e emergência, referências do HMS seguirão funcionando normalmente. “Se é uma fratura exposta de urgência e emergência, traumatismo craniano e outros, o paciente será encaminhado direto para Santarém. Vamos receber esse paciente através do Samu, no porto, aeroporto, e vamos levá-lo ao Pronto Socorro Municipal. Se precisar tomografia vai fazer, se precisar de avaliação do neurocirurgião e ortopedista faremos. Não estamos deixando de ser um hospital porta aberta, continuaremos de braços abertos para receber pacientes da região, desde que se encaixem no perfil de atendimento do Hospital Municipal”, finalizou.

Fonte: RG 15/O Impacto e Ascom/PMS

 

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