Associação Mãe Domingas formaliza sua participação no processo de construção de Plano de Vida e Fundo Quilombola
A formalização foi realizada após a reunião de apresentação do Plano de Vida e Fundo Quilombola para representantes das comunidades pertencentes a Associação Mãe Domingas, no Território Alto Trombetas I
Pensar o futuro e planejar de que forma se poderá trabalhar a construção de uma sociedade com maior qualidade de vida e com mais oportunidades. Estes são alguns dos objetivos do Plano de Vida e do Fundo Quilombola, duas ferramentas importantes que foram apresentadas aos moradores da Associação das Comunidades Remanescentes de Quilombos da Área Trombetas I, das quais fazem parte as comunidades de Mãe Cué, Sagrado Coração de Jesus, Paraná do Abuí, Santo Antônio do Abuizinho, Abui e Tapagem, comunidades que sobrevivem da agricultura, pesca, pecuária e extrativismo.
A reunião foi realizada na comunidade da Tapagem, e contou com a presença de representantes de cinco das seis comunidades pertencentes à Associação Mãe Domingas, além de representantes da Associação das Comunidades Remanescentes de Quilombos de Oriximiná (Arqmo). “O papel da Arqmo é sempre tentar melhorar a condição de vida das comunidades e acompanhar este processo de evolução é realizar os seus objetivos e isso significa que estamos realizando o que planejamos no nosso plano de trabalho”, enfatizou Rudiney Lopes Fiqueiredo, coordenador de Jovens da Arqmo.
A Associação Mãe Domingas possui uma média de 290 famílias que residem nas seis comunidades, e segundo o seu coordenador administrativo, Ari Carlos Printes, as expectativas são bastante positivas e trazem um diferencial. “A importância do Plano de Vida e do Fundo Quilombola é que se der certo é que ele vai trazer melhorias para as comunidades já que hoje a gente não tem um fundo da própria associação, então a gente espera que traga benefícios para todas as comunidades que a associação representa. E a gente espera que o Plano Quilombola venha a dar certo”.
O Consultor do Programa Territórios Sustentáveis, Bruno Gomes, explicou que o Plano de Vida é um instrumento que possibilita pensar, planejar e colocar no papel o que se deseja para o futuro para então se possa buscar parceiros que possam concretizá-los por meio do Fundo Quilombola, que permitirá a melhor captação e gestão de recursos do Plano de Vida. “Este é um processo que começou há algum tempo, começamos as reuniões informativas em janeiro de 2017 e retomamos o debate e a Associação deu o consentimento para a gente iniciar o processo de elaboração do Plano de Vida e avançar com a escolha das instituições gestoras do Fundo Quilombola, que serão definidas pelas próprias comunidades”, finalizou o consultor.
Fonte: RG 15/O Impacto e Martha Costa