Sintepp diz que prefeito Valmir menospreza professores
Sindicato aprovou 16% de reajuste a ser negociado com prefeitura de Itaituba
No último dia 25 de janeiro, o SINTEPP promoveu sua Assembleia Ordinária alusiva à sua campanha salarial que tem como carro-chefe o reajuste salarial previsto para esse ano, mas que também trouxe vários outros temas em sua pauta. A reunião contou com excelente número de profissionais da educação associados ao SINTEPP que lotaram sua sede. Na ocasião, os coordenadores do Sindicato apresentaram em slide para Assembleia todos os estudos feitos meticulosamente durante vários dias sobre as ações da Semed em relação à categoria. Dentro de um estudo técnico com o devido diagnóstico, em termos de números financeiros, quadro de servidores, lotação, carga horária, progressão e outros direitos assegurados em lei aos trabalhadores da educação.
A apresentação, discussão e aprovação das propostas apresentados nos estudos feitos pelos professores Celso Noronha, Silvinho Amorim, Tiago e professora Suely foi bem dinamizada e prática onde cada item foi amplamente discutida até sua aprovação final. Um dos pontos principais que abriu a votação foi sobre o valor do percentual do reajuste salarial a ser apresentado ao prefeito Valmir Climaco e Amilton Pinho, secretário de Educação. A Assembleia abriu inscrição para que os trabalhadores da educação presentes manifestassem suas propostas de reajustes. Foram apresentadas três propostas sendo uma de 13%, outra de 23% e outra de 16%. Feitos os esclarecimentos devidos e dirimidas todas as dúvidas sobre a pauta e as questões a serem votadas, a Assembleia votou em grande maioria pelo percentual de 16%, que será apresentada ao governo municipal oficialmente por requerimento para que sejam iniciadas as rodadas de negociações.
Mas além da Campanha salarial com o reajuste já aprovado na Assembleia foram colocadas várias questões onde o SINTEPP pretende reivindicar junto ao Prefeito para que ele não prejudique a categoria com tantas perdas de direitos historicamente conquistados. Para a professora Suely, o prefeito vem cometendo ardilosa estratégia contra a categoria, ao retirar de forma unilateral sem justificativa plausível, carga horária dos concursados para serem repassadas aos contratados, além de que não sinaliza com possibilidades da realização de concurso público. Para Suely o menosprezo que o prefeito Valmir Climaco tem demonstrado com os professores hoje transformou essa ojeriza numa verdadeira Casa Grande e Senzala.
Pelas denúncias feitas em assembleia, o Sindicato mostra que grande maioria dos direitos dos trabalhadores da educação está sendo arbitrariamente retirada pelo Prefeito ao arrepio das leis, por isso que o SINTEPP já recorreu na Justiça, tendo uma audiência que estava marcada com a Promotoria Pública para a última terça-feira, dia 30, quando foram noticiados o Prefeito e o Secretario para que se fizessem presentes e explicassem na prática o que colocam no papel.
Celso Noronha por sua vez explicou sobre a questão das mudanças no plano de carreiras com as alterações de níveis onde quem tem ensino superior também é penalizado. Atualmente o Município conta com total de 500 servidores temporários contratados, sendo 30 na EJA, enquanto que os concursados são seiscentos e sessenta e nove.
O SINTEPP mostrou uma tabela onde o magistério nível ganha doze reais a hora, um licenciado quatorze reais, com especialização dezoito reais e sessenta centavos, mestrado dezoito reais e quarenta e seis centavos e, professor(a) com doutorado em torno de dezenove reais e oitenta e dois centavos. Sobre o ano de 2018, o SINTEPP ressalta que há uma previsão de entrar nos cofres da Prefeitura cerca de 82 milhões só em FUNDEB. Com essa matemática financeira os professores dizem que o Município tem muitos recursos, lembrando que em dezembro de 2017 a folha de pagamento chegou aos dez milhões de reais.
Quanto aos elevados investimentos anunciados a título de reforma nas escolas municipais o SINTEPP também está exigindo da Prefeitura uma planilha transparente das reforças enumerando todos os itens do que foi gasto e aonde foi gasto nas reformas. Em resumo, com todas as distorções e ações que segundo SINTEPP visam massacrar a categoria, todos os esforços serão envidados para que possa ser aberta o que consideram uma caixa preta de ações obscuras e mal explicadas que só tem trazido prejuízos à categoria, principalmente com a medida adotada na quebra de dois vínculos que para o Sindicato foi uma conquista legitima dos servidores e que deveria ser respeitada.
Suely denunciou também a perseguição e assédio moral feito contra o vigia de prenome Marcondes que está sendo obrigado a pagar uma conta de três mil reais num episódio em que ocorreu num de seus plantões de trabalho quando um motorista bêbado invadiu o pátio da Semed e bateu num carro que presta serviços que estava estacionado, danificando sua lataria. Marcondes está respondendo sindicância, mas antes registrou B.O. denunciando os fatos para alegar sua inocência no processo das investigações do fato.
Por: Nazareno Santos
Fonte: RG 15/O Impacto