Máquinas e computadores desaparecem da Prefeitura de Belterra
Uma denúncia feita por moradores da comunidade de Boa Vista, em Belterra, chegou à nossa redação. Conforme informaram os moradores, um trator da Prefeitura foi abandonado na comunidade. Com medo de represálias, os moradores pediram que seus nomes não fossem divulgados. A dúvida é saber qual foi a Secretaria Municipal que abandonou a máquina, se de Infra-estrutura ou de Desenvolvimento Rural e Sustentável. Nossa equipe procurou informações junto ao prefeito Geraldo Pastana e seus assessores, mas nada foi informado.
Computadores – Em um autêntico passe de mágica, quatro computadores desapareceram antes de chegar na Escola Armando Lages Nadler, localizada na comunidade do Pindobal, em Belterra. Segundo moradores, os quatro computadores foram doados à Escola da Vila balneária através do projeto Escola Viva. Nossos correspondentes estiveram na Escola Comunitária, mas não conseguiram localizar a diretor e nem a secretária de educação Dilma Serrão, para esclarecer os fatos.
Aniversário da cidade está caindo no esquecimento – E tudo por culpa do prefeito Geraldo Pastana e seus assessores. Nem mesmo os vereadores foram convidados para os festejos do aniversário da cidade, que segundo dizem, a cada ano fica cada vez mais esquecido pela administração municipal. Geraldo Pastana parece que perdeu a razão de uma vez por todas. Agora está nomeando ruas sem que tenha aprovação da Câmara Municipal, um ato de desrespeito que mereceu repúdio dos vereadores.
Gincana já era – Belterra ficou conhecida como a cidade onde haviam gincanas tradicionais entre grupos que se “rivalizavam” no sentido de mostrar, através da competição, a cultura belterrense. Pois este ano não teve a tradicional Gincana de 04 de maio, quarta-feira, dia do aniversário da cidade. Geraldo Pastana declarou que a data da gincana fica transferida para quando ele quiser.
Perseguição aos professores – Em carta endereçada à nossa redação, a professora Zilma Sales, de Belterra, denuncia que “Ser professor ou professora é uma profissão muito bonita, maravilhosa e de muita responsabilidade. Só quem tem amor a essa profissão sabe o valor da mesma”, escreve a educadora, “porém, em Belterra, profissionais que fazem investimentos na sua qualificação, por estarem sempre ao alcance do mercado de trabalho, obtendo novos conhecimentos para repassarem aos alunos e para a sociedade em geral, hoje sofrem com o descaso que estão visíveis diante dos olhos da população”, diz ela em sua carta. Segundo a educadora, “é gritante, incoerente, um colega educador se qualificar para uma certa área, e lhe darem outra área de trabalho para atuar, como por exemplo um geógrafo ou historiador trabalhar matemática ou arte, isso é um absurdo! Nós professores temos a missão, o compromisso de formar cidadões críticos para a sociedade, mas este tipo de profissionais estão sendo dispensados, pois são vistos como pessoas políticas que estão influenciando alunos e a sociedade para terem opiniões próprias”, conta a professora. “Diante de tantas desvalorizações e perseguições, profissionais deixam o seu lugar de origem, saindo em busca de outras oportunidades, pois estão sendo substituídos por outros que calarão diante de tantas coisas absurdas. Se todos se calam e se calarão por medo, o que será de nossos alunos?”, pergunta a educadora belterrense. “Finalizo com muita indignação. Mas tenho certeza que muitos darão razão, pois concordarão. Talvez seja uma das vítimas no município de Belterra. Mas tem que ficar calado”.
Por: Carlos Cruz