Moradores do Território Mãe Domingas realizam construção do Plano de Vida
O consentimento para a construção coletiva do Plano de Vida foi assinado em janeiro de 2018 e contou com a presença dos representes das seis comunidades que constituem o Território Mãe Domingas
Construir juntos uma proposta que assegure melhorias na Educação, Meio Ambiente, Saúde, Geração de Renda, Habitação e no Fortalecimento Institucional dos moradores das comunidades que integram o Território Mãe Domingas, isso é o Plano de Vida, uma ferramenta que possibilita pensar, planejar e colocar no papel o que se deseja para o futuro de forma coletiva e participativa em um prazo de cinco anos para efetivação de ações demandadas pelos representantes das aproximadamente 300 famílias que residem nas comunidades de Abuí, Mãe Cué, Paraná Do Abuí, Sagrado Coração De Jesus, Santo Antônio do Abuizinho e Tapagem.
A Construção do Plano de Vida é uma iniciativa do Programa Territórios Sustentáveis, dentro do eixo Quilombola, realizado pela Equipe de Conservação da Amazônia – Ecam, com apoio financeiro da Mineração Rio do Norte. O consentimento para a construção coletiva do Plano de Vida foi assinado em janeiro de 2018 com a presença dos representes das seis comunidades que constituem o Território Mãe Domingas e a Associação das Comunidades Remanescentes de Quilombos de Oriximiná (Arqmo).
O coordenador do Território Mãe Domingas, Ari Carlos Printes, recordou o início da conversa para a assinatura do termo, realizada em janeiro de 2018. Ari Carlos foi enfático ao falar sobre a importância das parcerias para concretizar a construção do Plano de Vida. “Na minha visão isso é um plano que vai trazer resultado para as comunidades, e as comunidades estão começando a enxergar que pra gente construir alguma coisa a gente tem que estar unido e dialogar com as outras instituições porque só a gente não vai construir nada”.
O objetivo do Plano de Vida, segundo o coordenador do Programa Territórios Sustentáveis, Edwilson Pordeus, é pensar coletivamente na gestão do Território a curto, médio e longo prazo, com discussões que abranjam temas em comum para as comunidades, e que busquem promover qualidade de vida em acordo com sustentabilidade do seu território. “Mais um passo importante foi dado na melhoria da gestão do Território Mãe Domingas, com o processo colaborativo na construção do Plano de Vida, lembrando que ao mesmo tempo o processo de construção do Fundo Quilombola está avançando”, informou o coordenador após citar o Fundo Quilombola está em processo de discussão das suas regras de funcionamento para então chegar ao próximo passo, que será a reestruturação do fundo.
O Eixo Quilombola foi pensado para dar voz às populações tradicionais de Oriximiná e desenvolve ações como: levantamento socioeconômico (com uso do ODK (Open Data Kit), Programa Novas Tecnologias e Comunidades Tradicionais com os Jovens Quilombolas, em parceria com a Google Earth Outreach e Usaid, Mapeamento Cultural e de uso do Território (Plataforma Google Earth), fortalecimento institucional por meio de capacitações das associações que representam os territórios, oficinas em comunicação e tecnologia voltadas aos jovens quilombolas.
O Programa Territórios Sustentáveis é uma iniciativa que visa contribuir para a construção de uma estratégia de desenvolvimento territorial sustentável nos municípios de Faro, Terra Santa, Oriximiná nos eixos Gestão Pública, Gestão Ambiental, Desenvolvimento Econômico, Capital Social e Quilombola. O programa terá duração de quinze anos e é fruto da gestão integrada na Amazônia de três organizações sociais, Agenda Pública, Equipe de Conservação da Amazônia (Ecam) e Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), com apoio financeiro da Mineração Rio do Norte.
Fonte: RG 15/O Impacto e Martha Costa