OS INCRÍVEIS 2

OS INCRÍVEIS 2

(The Incridibles 2)

Por: Allan Patrick

O lançamento triunfal de “Os Incríveis” aconteceu em 2004, no momento do pontapé inicial da era moderna das animações e assim como para mim, se tornou o filme favorito de muitas pessoas. Colocando na telona uma típica família americana com super poderes e junto com o pacote super problemas. A história era tão envolvente que conectou os espectadores ao apresentar personagens de personalidades para lá de diferentes compondo uma família, algo muito comum para todo mundo, promovendo a identificação do público de forma mais pessoal.
Na época “Os Incríveis” arrecadou US$ 633 milhões mundialmente e conseguiu grande destaque na lista dos melhores filmes de super-heróis de muitos fãs de cinema, mesmo com a presença de super franquias de filmes do gênero, criados pela Fox, DC e Marvel.
A partir do momento em que a Pixar começou a investir em sequências de seus grandes sucessos, não demoraria muito para que “Os Incríveis” entrasse na fila. Logo depois do mediano “Carros 2”, o bem sucedido “Toy Story 3” e o muito bom “Procurando Dory”, ficou nítido e notório que a Pixar tinha perdido a linha e começou a sofrer altos e baixos em suas produções, algo que por anos foi impecável.
Finalmente, chega em 2018 nos cinemas, “Os Incríveis 2”. Usando a mesma premissa do primeiro filme, nesta sequência encontramos as mesmas situações, só que dessa vez os papéis são invertidos. No lugar de Beto (Craig T. Nelson) aceitar um emprego misterioso para salvar o mundo, temos Helena (Holly Hunter) como protagonista. Uma boa escolha, visto que o cinema está passando por transformações, dando mais destaque a cada dia que passa para as mulheres, um dos principais problemas do filme se encontra no roteiro, onde não se apresenta muitas novidades, notei uma grande falta de criatividade deixando uma sensação de Déjà vu, como já mencionei aqui, a premissa é a mesma, alguns diferenciais são colocados aqui e ali, mas nada que surpreenda, outra coisa que não empolga muito é o vilão, não encontramos motivações fortes para execução de seu plano.
Dessa vez, Helena decide iniciar uma campanha, pedindo a volta dos super-heróis, enquanto Beto vive um dia a dia normal de dono de casa cuidando de Violeta, Flecha e do bebê Zezé, cujos superpoderes estão prestes a serem descobertos. A missão deles sofre uma reviravolta, quando um novo vilão surge com um brilhante e perigoso plano que ameaça acabar com o mundo. Mas a família Pêra não foge do desafio, ainda mais com Gelado combatendo o vilão ao seu lado.
A Pixa levou longos 14 anos para lançar uma sequência, e mesmo assim traz um roteiro que já vimos no original, acredito que alguns fãs que esperavam ansiosos pela continuação, ficarão frustrados, mas mesmo assim amei “Os Incríveis 2” e não posso negar que o filme tem seus bons momentos e não são poucos.
Houve uma grande evolução na animação com relação ao original, é impressionante quando analisamos a riqueza de detalhes que são expostos na telona, desde o movimento dos tecidos nas camisas do Beto até a textura dos uniformes e as cenas de ação extremamente realistas… ufa… algumas de tirar o folego, em alguns estantes me pareceu estar assistindo um filme live-action, ou seja, com atores reais.
O roteiro e a direção estão novamente nas mãos de Brad Bird que aqui, parece não está muito inspirando ao mostrar diálogos medianos. Com Beto e Helena bastante apáticos, quem rouba a cena são os coadjuvantes. Assim como em “Os Incríveis” a personagem mais cativante e divertida, mesmo com pouco tempo em cena é a Edna Moda, ela é hilária. Depois, temos o carismático bebê Zezé, e que bebê divertido, mesmo sem diálogos consegue divertir mais que os seus irmãos. Violeta e Flecha estão chegando na puberdade, e mais uma vez mostram para os pais que a família unida é mais forte.
“Os Incríveis 2” é muito divertido feito para toda família, aqui encontramos humor e ação na medida certa, com uma dose excepcional de nostalgia, mas esquece de se renovar e entregar algo novo. O filme cresce em seu terceiro ato, quando finalmente vemos a família reunida partindo para a ação em uma nova reviravolta da trama, que mesmo repetitiva, mostra que a franquia ainda tem fôlego quando decide se arriscar. Goste muito, o filme começa exatamente onde o outro parou, dei muitas gargalhadas e me diverti muito junto com minhas sobrinhas. Minha nota: 7,5!


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13 Horas: Os Soldados Secretos de Benghazi

(13 Hours : The Secret Soldiers of Benghazi)

Baseado em fatos reais, o longa conta a história de um grupo de seis soldados privados que trabalham num complexo da CIA em Benghazi, na Líbia, em 2012. Em um aniversário dos atentados de 11 de setembro, eles precisaram defender um posto diplomático que recebe a visita de um embaixador americano, e que, obviamente, será um alvo de terroristas. Minha nota 8,5!

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