Orbis Terrarum Parallel

Artigo de Fábio Maia.

“Muitos olham para o empresário como o lobo a ser caçado; outros olham para ele como uma vaca a ser ordenhada; poucos são os que o enxergam como o cavalo que puxa a carroça.”

Winston Churchill

No último dia do mês de junho, foi publicado um excelente artigo de Gabriel Tebaldi, cujo título “Mundo Paralelo”, coube como uma luva ao tema.

Logo de início, ele coloca em destaque a seguinte informação: “Após 180 dias da reforma trabalhista, o número de processos despencou 40,8% e os pedidos de indenização por insalubridade ou danos morais caíram 81,25%”.

E ele continua! Critica os “doutores intelectuais” que, apesar de críticos severos da reforma trabalhista, nunca empreenderam, assinaram uma CLT, ou souberam o custo de manter uma empresa de portas abertas, pois a grande maioria sempre viveu às custas do Estado.

Citou números surreais, como os da quantidade de ações trabalhistas que, no Brasil, é maior que a quantidade da América, Europa, África e Ásia juntos! Parece mentira, mas não é.

Outro exemplo bem lembrado, foi o caso do Citbank Brasil, que encerrou suas atividades no país, pois tinha em nosso “paraíso”, 1% de seu lucro, contrastando com 93% das ações trabalhistas dentre as 36 nações em que atua. É algo de outro mundo!

Em apenas 180 dias de sua implementação, as ações trabalhistas caíram quase 50%, e as por danos morais e insalubridade, quase foram extintas. E o motivo é simples! Agora a justiça não é mais totalmente gratuita. Mentir no processo pode até dar cadeia. E ao recorrer da decisão, perdendo a ação, o litigante terá que arcar com custos processuais.

A justiça trabalhista não é mais uma loteria jurisdicional, onde todos iam tentar a sorte. Afinal, o que impedia, já que não havia custos, muito menos punição à litigantes de má fé?

Esses mesmos doutores intelectuais, em seu mundo paralelo, tentam manipular o debate sobre as mudanças na lei trabalhista, e o seu papel na sociedade, tentando enganar o cidadão e amedrontá-lo quanto ao futuro. O intuito é, por meio do medo, fazê-los acreditar que a mudança é ruim, e aceitar sua submissão à sindicatos e militantes ideológicos que, além de não lhes “proteger”, ainda prejudicam os trabalhadores.

Protecionismo, subsídios e assistencialismo não protegem empregos, muito menos podem criá-lo, ao contrário, sua prática constante gera dependência estatal e mendicância.

Ademais, as pessoas adoram o progresso, mas temem as mudanças, pois queremos sempre o melhor, contudo, somos conservadores quanto ao que já existe.

Você pode observar, aqueles que se consideram “progressistas”, são os mais retrógrados, pois se intitulam na incumbência de manter uma legislação septuagenária, copiada do ideal marxista que fomenta a luta de classes, além de agir como uma barreira à inteligência artificial, a robotizacão e a digitalização, setores que necessitam de novas relações trabalhistas constantes, pois criam mais e melhores empregos para todos, e todos os dias.

Felizmente, as mudanças realizadas estão quebrando esses paradigmas, ao desburocratizar a relação entre patrão e funcionário, e tornando “opcional” o imposto sindical, livrando os trabalhadores de pagar “obrigatoriamente” um sindicalismo que retirava em média R$ 3,5 bilhões dos trabalhadores, para manter mais de 10 mil centrais sindicais, sindicatos e entidades. Com isso, o “mundo paralelo” dos “doutores intelectuais”, cada vez mais está tornando-se o “mundo real” em que vivemos.

Que venham mais reformas modernizantes…

Fonte: RG 15/O Impacto

3 comentários em “Orbis Terrarum Parallel

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