PAGAMOS E NÃO RECEBEMOS

Milhões de cidadãos brasileiros que alcançam um determinado patamar de rendimentos pagam duas vezes pela assistência médica e pela previdência.

Ou seja, você faz os recolhimentos obrigados por lei (SUS) e ainda paga as mensalidades de seu plano de saúde privado.

Esse estado de coisas chega a ser um absurdo, já que denota a falta de confiança no governo e que preferimos – os privilegiados, apenas, registre-se – recorrer ao setor privado que, ultimamente nem nos atende de maneira conveniente.

A imprensa está aí noticiando dia após dia o sofrimento da população nacional.

Corrupção para guardar lugar nas filas quilométricas, hospitais desaparelhados ou com a construção paralisada, despreparo e raros heroísmos dos profissionais sérios que tratam da saúde nacional.

Mas, como se sabe, a coisa não se restringe á saúde.

Se você tem filhos em idade escolar e não ganha o suficiente é obrigado a mandá-los para a famigerada escola pública, quem sabe para sofrer “bulling” ou, quase com certeza, para levar um tiro de marginais que se postam nas imediações da escola ou mesmo dentro da sala de aula.

Professores com formação profissional deficiente, pessimamente remunerados e por isso desinteressados, prédios e demais instalações caindo aos pedaços tudo faz parte, com certeza, do plano de certo tipo de político, o cacique que não tem interesse em cuidar da educação de seus irmãos do povo para que, pela ignorância, continue comprando voto, humilhando a pobreza, chantageando consciências e se servindo dos eleitores mal informados, a maioria, registre-se.

Trata-se, infelizmente, de um problema nacional bem antigo, nascido praticamente no início de nossa nacionalidade.

Que futuro podemos esperar para a juventude do país no campo da saúde e da educação, por exemplo?

Bons tempos aqueles em que os professores e as professoras eram dedicados, eram respeitados e não agredidos na sala de aula, sinal de que, também, em casa os valores nunca foram exercitados, já que ignorados.

Saudades das épocas em que as drogas, cada vez mais sofisticadas, cada vez mais letais, não adotavam, não imbecilizavam e nem desviavam a juventude brasileira para a violência, para a cadeia e para a morte… Reflitamos!

Por: José Wilson

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