Bocão Ed. 1214

CEGUEIRA FISCAL
Enquanto empresários cumpridores de suas obrigações fiscais lutam para se manterem gerando emprego e renda, a SEFA, por meio de seus agentes, fecha os olhos para sonegadores, que a cada dia proliferam na região. Esse colunista recebeu em sua mesa, graves denúncias. Crimes de prevaricação e corrupção podem estar por trás de um silêncio perturbador e uma cegueira galopante quanto a recolhimentos de tributos de mercadorias advindas de outros estados, especialmente do Amazonas.
CEGUEIRA FISCAL 2
O mercado paralelo toma conta da região, coloca em xeque-mate a sobrevivência de empresários honestos, que são obrigados a conviver com ações do tipo “dois pesos e duas medidas”. Sem uso da imparcialidade em atos administrativos, os empreendedores viram uma espécie de reféns do Estado. Em Santarém, são vários os locais onde mercadorias sem qualquer documento fiscal, são descarregadas e abastecem o mercado negro.
CEGUEIRA FISCAL 3
É bom o órgão fazendário estadual buscar cumprir seu papel, e ao invés de estabelecer uma conduta omissa, ouvir a classe empresarial, que é a principal fortalecedora do desenvolvimento, e parceira de um Estado eficiente promovedor de políticas públicas inovadoras. Manter uma máquina pública pesada e ineficiente com base no aumento da carga tributária, é desprezar o potencial produtivo de população que acaba, não tendo retorno do que é obrigado a pagar, em tributos.

UMA TRAGÉDIA PREVISTA
Quem frequenta Alter do Chão sabe e comenta o perigo que aquelas lanchas que fazem a travessia do lago representam. São várias delas (não há critérios para entrar na associação), que ficam indo e vindo com passageiros, cada uma querendo fazer a travessia mais rápido para amealhar mais clientes. Qualquer dia pode ocorrer um acidente, até o atropelamento das catraias que fazem tradicionalmente, a mesma travessia, o que pode resultar em afogamentos ou mortes. São várias reclamações, inclusive sugerindo transferir as lanchas para um local de menos movimento e evitar mal pior. Só que até hoje, apesar dos avisos e reclamações, nada foi feito.

TRÂNSITO CAÓTICO
Um outro fato perceptível por todos é o trânsito na Vila de Alter. Quem fica pela parte da noite por lá flagra veículos em altas velocidades nas ruas estreitas. De dia, esses veículos fazem das ruas, calçadas e frente de garagens de estacionamentos, sem nenhum respeito. Não sei a razão do porquê da SMT não fiscalizar e nem disponibilizar agentes de trânsito pelo menos nos fins de semana. Outro fator de perigo são os motoristas alcoolizados que retornam aos domingos em alta velocidade na rodovia e não se vê, sequer, um agente do Detran (governo Estadual) fiscalizando. Cada qual por si e Deus por todos.

COBRANÇAS ABSURDAS
A revolta é geral por parte de passageiros, que denunciam o exorbitante valor cobrado pelas passagens aéreas das empresas que fazem a linha em Santarém, Altamira e outros municípios da região Oeste, bem como para Belém, Manaus e outros estados do País. Um passageiro da empresa Azul, em contato com a Coluna, denunciou que pagou R$ 1.697,07 por uma passagem de Belém a Altamira, na semana passada. Um valor totalmente fora da realidade, principalmente para quem ganha um salário mínimo, que jamais terá condições de custear uma passagem aérea nesse valor. Se a pessoa estiver doente e precisar viajar urgentemente de avião, terá sérios problemas, pois com esse preço será impossível, o jeito é se arriscar viajar de barco, que demora mais.
COBRANÇAS ABSURDAS 2
Alguns passageiros afirmam que tal cobrança absurda acontece devido os municípios da região estarem sem representação política, para ir em cima das empresas, questionar na Câmara Federal e no Senado, em Brasília, esse valor absurdo que é cobrado. Um fato que chama atenção, também, é que em algumas viagens, por exemplo, de Santarém/Belém, o passageiro sofre uma eternidade para chegar ao seu destino, pois o voo tem várias escalas, ou seja, sai de Santarém faz escala em Brasília e depois retorna para Belém. Por que o voo não é direto? Questionam os passageiros.

JOGOU A TOALHA
Com medo de não se eleger, já que sua imagem ficou desgastada com a prisão de seu irmão, o médico acusado de pedofilia, bem como sem apoio de uma parte dos empresários de Santarém, o vereador Alaércio Cardoso, do PRP, decidiu jogar a toalha e desistiu de concorrer a Deputado Estadual. Durante sessão da Câmara Municipal de Santarém, na terça-feira, dia 04, Alaércio anunciou sua desistência de concorrer a uma vaga na Alepa. O Vereador faz parte da coligação “Lutando Pelo Pará”, com os partidos PSDB, DEM, PDT e PRP. Segundo uma fonte, Alaércio perdeu o apoio de alguns empresários, devido não ter ajudado essa classe que o lançou candidato e abraçou sua campanha para Vereador. Agora, o troco está sendo dado. “Aqui se faz, aqui se paga”, diz o ditado popular.

TOQUE DE RECOLHER NO JUÁ
Temendo um derramamento de sangue, moradores da Ocupação Bela Vista do Juá, às margens da Rodovia Fernando Guilhon, em Santarém, oeste do Pará, denunciam a ação de bandidos naquele local. Segundo uma moradora denunciou à Coluna, pelo menos dez bandidos intimidam e expulsam os moradores da área de ocupação. A moradora revela que os bandidos ordenam ‘toque de recolher’ e, que se alguém desobedecer a ordem deles e for pra rua, corre o risco de não voltar pra casa. Por conta disso, ela cobra providências por parte dos órgãos de segurança de Santarém.

DESCASO NO BOSQUE DA VERA PAZ
Analisado por moradores e visitantes, um dos principais cartões postais de Santarém, o Bosque da Vera Paz sofre com o descaso. Quem caminha no local constata a imagem do abandono. Entre os problemas, a quadra de esporte está com o piso comprometido, o alambrado danificado e acessórios abandonados. Além disso, lixo e entulhos jogados no rio Tapajós, jogados por pessoas mal educadas, geram críticas de turistas. Sem ter para quem apelar, os moradores do bairro do Laguinho clamam por atenção no Bosque da Vera Paz.