Família cobra justiça no caso de santareno morto em Itaituba

O advogado Frâncio Lima esteve na redação do jornal O Impacto para falar sobre o assassinato do trabalhador Fredson Barroso, fato que aconteceu no dia 06 de novembro do ano passado, no município de Itaituba e que até a presente data o assassino está impune, sem qualquer solução por parte da Polícia. A família de Fredson Barroso clama por uma resposta e que o autor do crime seja preso.

“O Fredson, como já foi até veiculado em outra oportunidade aqui no próprio jornal, foi assassinado em Itaituba, onde residia há quase seis meses. Lá, não tinha parente, e não tinha amigos. Ele foi pra Itaituba a trabalho, porque a área que ele atuava não era em qualquer cidade que se encontrava vaga, mecânico de aeronave. Então, você vai para onde tem oportunidade. Foi o que ele fez, estava desempregado na época, pintou oportunidade e ele se deslocou de Manaus para Itaituba. Estava trabalhando direitinho, só que aconteceu esse fato trágico no dia 06 de novembro. Uma coisa que pegou todos de surpresa, nós só vimos as fotos postadas em redes sociais, até a confirmação de que realmente era o Fredson, meu primo. Nós nos conhecíamos de infância, a gente sempre teve contato; ele na minha casa, eu na casa dele, estudamos na mesma escola, até que a família dele foi morar em Manaus, mas ele sempre manteve contato, não só por telefone, mas sempre vinha em Santarém. Nós tínhamos não só o laço sanguíneo, mas uma amizade muito grande, e no dia 06 de novembro aconteceu isso, ser alvejado com 5 tiros, onde quatro pegaram no corpo dele e um foi de raspão. Já se passaram mais de 90 dias que aconteceu esse crime”, disse o advogado.

PRESTADOR DE SERVIÇOS: O advogado informou sobre o trabalho que Fredson Barroso desempenhava em Itaituba: “Ele mesmo falou comigo e disse: `Olha, primo, arrumei um trabalho em Itaituba`. Até então eu achava que ele estava de carteira assinada, e eu só vim saber que ele não estava de carteira assinada quando eu estive lá em Itaituba, que conversei com algumas pessoas, e me informaram que ele era prestador de serviço. Eu queria verificar seus direitos trabalhistas para garantia de sua filhinha; mas ele prestava serviço. Quando um empresário precisava do serviço, chamava ele. Ele já tinha carteira de mecânico há 9 anos, fez inclusive curso no Texas (Estados Unidos), de especialização, e sempre trabalhou de carteira assinada. Porém, eu só vim saber posteriormente que era prestador de serviço”.

INQUÉRITO ESTÁ LENTO: Com relação às investigações, Frâncio Lima disse que conversou com o Delegado responsável pelo inquérito: “Eu tive oportunidade de conversar com o delegado Djalma por duas vezes, uma pessoalmente quando estive lá na Delegacia, onde ele conversou mais com minha tia, mãe da vítima, onde disse que tudo estava no início e que seguia o que estava dentro da capacidade, que já tinha escutado vários boatos, que tinha escutado algumas pessoas, mas que naquela ocasião faltava escutar outras testemunhas. A última vez que eu falei com o Delegado, foi no início do mês de janeiro, quando liguei e ele atendeu ao telefone, falou comigo e com minha tia. Ele me falou que estava esperando o aparelho celular voltar de Belém, argumentou que estava no recesso, onde muitas coisas acabam sendo paralisadas no fim de ano, porque o tempo de investigação do inquérito já tinha parado, mas ele estava dando prolongamento, pois estava aguardando para ver se abriam o celular do Fredson, pedir a quebra de sigilo para saber quais foram as pessoas que entraram em contato com ele, os números de celulares. Indaguei sobre as câmeras de vigilância próximo do crime, até porque o Fredson estava residindo em um apartamento que fica nos altos de uma lanchonete, sem falar que ali existem vários comércios ao redor e todos possuem câmeras de vigilância. O Delegado me explicou que já tinha colhido as imagens de algumas câmeras, principalmente do caminho que o Fredson fez e que não era possível detalhar o rosto de quem estava na moto que atirou no Fredson, não foi possível pegar a placa da moto que o indivíduo estava utilizando para fazer o assassinato. Em decorrência disso, o Delegado tinha como esperança o celular, só que fica uma situação assim um pouco angustiante devido ao tempo, até mesmo para se abrir esse celular e ter acesso”, declarou.

ESTRUTURA DA POLÍCIA DÁ CONDIÇÕES DE SE FAZER UM TRABALHO RÁPIDO E SÉRIO: O advogado Frâncio Lima cobra das autoridades uma celeridade da apuração desse crime: “Cobrar celeridade, cobrar qualquer resposta do trabalho feito pela Polícia. Sei que ninguém é perfeito, as coisas muitas vezes não saem com a devida rapidez, com a devida perfeição que se espera, mas não se pode ficar à mercê de uma morosidade, de uma espera grande. Ficar refém dessa situação não é adequado. Itaituba é uma cidade menor que Santarém, mesmo assim ela tem todo avanço, tem câmeras, tem Delegacia, tem Mistério Público, tem diversas coisas ali que podem dar suporte a quem tem o poder estatal de fazer essas investigações. A própria estrutura da Polícia Civil dá condições de se fazer um trabalho adequado, e você está numa cidade pequena onde praticamente todos se conhecem. Por isso que eu peço encarecidamente que possa ter um trabalho um pouquinho mais rápido e com maior vontade para dar uma resposta sobre esse crime”, finalizou o advogado Frâncio Lima.

Por: Edmundo Baía Junior

Fonte: RG 15/O Impacto

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