A FLORESTA EM DISPUTA

Este é um momento calamitoso para a população brasileira, principalmente para o pequeno produtor agrícola. O Código Florestal vem se arrastando dentro do Congresso. Os embates de um lado e de outro mostram como os interessados em devastar sem limite as florestas estão envolvidos. Querem a transformação em lei que favoreça aos que agem ilicitamente. Entre os que fazem as leis estão os latifundiários bem como aqueles que tiveram suas candidaturas financiadas por ruralistas poderosos.

A preocupação com o projeto Florestal vem intensificando as discursões cada vez mais. Os ex-ministros do Meio Ambiente são contra a aprovação do Código da maneira como foi aprovado na Câmara dos Deputados. A polêmica foi intensa por ocasião dos debates, chegando a confrontos nunca vistos entre parlamentares em Brasília. Lá estão aqueles que se consideram os donos das florestas que sempre tiveram vantagens sobre os pequenos agricultores. São capazes de tudo para manter o latifúndio e grilagem de terras. Têm à disposição pistoleiros que fazem assassinatos encomendados pelos senhores da terra. Várias mortes aconteceram neste meio enquanto o projeto estava em andamento. Não suportam ouvir falar em reforma agrária.

Houve até sessão da Câmara suspensa e adiada a votação do Código Florestal, por questão polêmica. Aprovação feita pelos deputados, dando anistia para os desmatadores ilegais, serve para consolidar situações que geram conflitos. No texto contém propostas para liberar todos os donos de vastas propriedades da obrigação de recompor as áreas devastadas de forma criminosa. Segue para o senado onde pode sofrer alteração.

Depois de passar pelo Senado e ter percorrido um longo caminho, será apreciado pela Presidente da República Dilma Rousseff. A tendência maior é o Código Florestal ser rejeitado pelo Executivo. As recentes mortes no campo causaram muita preocupação no meio governamental. Em apenas seis dias foram mortas seis pessoas. Em Brasília houve uma reunião de urgência, onde se discutiu sobre a impunidade e mortes no campo.

Por: José Alves

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