DESOBSTRUIR

Neste mês de maio, de Maria, das mães, em alguns estados do Brasil, escolheu-se como o mês para campanha de proteção ao abuso sexual de menor. Em outras regiões, incluíram, também, orientar, mais ainda, a população para o total desrespeito pelas crianças, idosos, cadeirantes, deficientes, com relação a andar nas ruas, esburacadas, desniveladas e, ainda, com centenas de vendedores ambulantes que tomam o restante das calçadas e como não tem fiscalização, a avacalhação é geral.

No nosso caso em Santarém, mesmo tendo um Código de Postura do Município de Santarém, Lei 19.207 de 28/12/2012, que foi votada, aprovada pelos vereadores e sancionada pelo Prefeito. E aí senhores edis, representante do povo? Será que ainda permanece o que Magalhães Barata dizia, “no Brasil lei é potoca”? Será que ainda persiste à “pecha” do caudilho, general e ex governador do estado do Pará?

Houve por algum tempo uma campanha liderada, inclusive, pelos representantes do Ministério Público do Estado do Pará, intitulada “Calçadas Livres”, depois de umas boas investidas caiu novamente no esquecimento, (embora eu creia que essa seja atribuição da Prefeitura Municipal de Santarém, através da Secretaria, ou das secretarias competentes). Pois além de tomarem conta das calçadas, agora, abusadores do Código, estão passando para o leito das ruas, em total desrespeito ao artigo 170 do Código de Postura do Município de Santarém, que assim estabelece: “§ 1º I, a ocupação não poderá exceder a um terço da largura do passeio correspondente à testada do estabelecimento, a contar do alinhamento do lote;(…),  III, deixarem livre, para o trânsito de pedestres, uma faixa do passeio de largura não inferior a 2,00m (dois metros), a contar do meio fio. E ainda no  ART. 171 – É PROIBIDO, EM QUALQUER HIPÓTESE, A OCUPAÇÃO DOS LOGRADOUROS PÚBLICOS COM MESAS E/OU CADEIRAS, POR VENDEDORES AMBULANTES E SIMILARES.

Ora, veja só, na quinta feira passada, dia 15 de maio, me surpreendi ao ir à Agência do Banco do Brasil S/A, na Av. Rui Barbosa, com a Trav. Dos Mártires, em frente, há uma verdadeira “feira Persa” e para completar uma “carreta” de venda de sucos diversos, que por sinal espalham-se pela cidade num verdadeiro monopólio de uns “estrangeiros”, estes mesmos que mantém uma série de contravenções no centro da cidade e já se estão espalhando para os bairros, como: agiotagem, loterias disfarçadas de rifas, prostituição e outras “cositas” mais.

Lembrei-me que e quando era bancário, em tempos mais tranquilos e mesmo assim, fui refém de assalto na Agência do Banco em que trabalhava. Naquela época havia na frente dos bancos uma placa de sinalização com os dizeres “Área de Segurança”, e o espaço ficava sem veículos, de qualquer natureza. Agora, já tem ambulantes no interior das agências, numa época, em que assaltos, nas casas bancárias, loterias, correios, laboratórios, consultórios médicos, odontológicos, espaço de encontros nas igrejas, casas residenciais, são comuns. Relaxaram a segurança, por quê? Será que é pela expressão batida, deixa o cara ele está trabalhando???? É um total abuso e desrespeito ao patrimônio do estabelecimento bancário.

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Desde o dia 26/02/2019 quando se fixaram, na área residencial, próxima do porto conhecido como Porto do Paulo Correa, no bairro da Prainha, transformando este local em estaleiro, com embarcações como “Ferry Boat”, em construção. Foram informados e intimados os proprietários, dentre eles um representante do povo, com atividade econômica de armador, ou proprietário de embarcações para que fizesse a retirada dentro de 15 dias, dali as embarcações. Ele disse só com trinta dias. Mas já estamos com mais de cento e vinte (120) dias, e continuam lá, e o pior, já estão trazendo mais uma armação, que os leigos chamam de “carcaça” e continua, diariamente, batendo bigorna, marretas de ferro, as chapas de ferro jogadas e os palavreados dos operários tornam insuportável a vida desses moradores que tiveram atracação de embarcações, junto ao seu “jirau”, além dos elementos prejudiciais à saúde, como poeira de lixa e as fuligem das raspagens das ferrugens, diariamente.

Agora imaginem esse pessoal sendo Prefeito, (já que é uma das suas ambições políticas). Se como Vereador não respeitam o povo, agora imagine como Prefeito? Apelar para quem? Para o Bispo, não temos! O Papa Francisco, não teve tempo, ou opção para nomear um Bispo para Santarém. Valei-me Nossa Senhora! Aí, então é que é difícil, apelar para o Papa. Para os Secretários municipais? Estes não mostram as suas caras e deixam o povo “fritar” o Prefeito. Não esqueçam que daqui há dois anos tem eleição! ////////////////////////////// Depois das embarcações tomarem conta de toda a orla de Santarém, inclusive, destruindo o que ainda não foi inaugurado, e querendo ocupar na “marra” a última zona de catraias, de pescadores, nativos de Santarém, paisagem da antiga Santarém que resiste ao progresso, nas proximidades da Praça Gigi Alho, ainda temos que aturar as carretas dessas empresas de carga que não respeitam, nem as áreas residenciais, como no caso do Conjunto da Cohab. A Praça virou estacionamento de carretas de uma empresa que tem seu depósito ali perto e sempre causam danos aos moradores, como a derrubada de fiação elétrica, telefônica e da internet.

///////////// Lamento pensar e não gostaria de aceitar que a nossa Santarém deixe de ser uma cidade ribeirinha, com tradições, pesqueiras, música, serenatas ao luar para se tornar uma cidade rural. Estão chegando novos migrantes com seus usos e costumes num processo de modificação cultural de indivíduo, DESCULTURAÇÃO, grupo ou povo que se adapta a outra cultura ou dela retira traços significativos e por extensão fusão de culturas decorrente de contato continuado. Aí vem eles com a quantidade de veículos longos, e até carretas que infernizam o trânsito desta Cidade, a vida dos pedestres. E a Secretaria que deveria organizar o trânsito …não tem agentes…. só aparecem quando há um acidente com a BOAT…./////////////////// Minhas solidariedades e um pedido de breve recuperação da nossa amiga ”NOCA’, a tradicional “tacacazeira” da Praça de São Sebastião, que foi enredo do samba do Bloco Caciques da Prainha”, onde um dos versos que mais animou na avenida, foi: “o chato mesmo era machucar alho”..

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