Artigo – Se ferrando de Verde Amarelo
Por Oswaldo Bezerra
Nos ambientes corporativos, dificilmente, você encontrará um colaborador satisfeito com o teto de seus ganhos. Quando surge uma promessa que seu teto pode duplicar, claro, gera muita expectativa e ações. O que muita gente não percebe a promessa pode não passar da velha tática de isca. E que, na verdade, em vez de melhorar tudo vai piorar.
Nos últimos anos testemunhamos algo histórico. Toda aquela luta, todo aquele sangue derramado, principalmente, por trabalhadores imigrantes italianos está sendo transformado em algo em vão. No início do século passado todas aquelas lutas foram materializadas em Direitos Trabalhistas. Tudo está virando pó através de uma ação de marketing perpetrada por um criminoso internacional (processado nos EUA), um banqueiro ministro e representantes de corporações que tomaram o legislativo.
A promessa era simples. Bastava vestir uma camisa verde amarela, ir às ruas, fazer dancinhas e pedir troca de governo. Era uma chance de aparecer nas telas das grandes mídias e, se sentir um guerreiro cívico, em busca de dias melhores para a nação. Tiveram apoio de uma categoria (Justiça) furiosa com o governo executivo por ter um aumento de salário absurdo de 56%. Estes sim conseguiram seus objetivos, pois depois da queda e ascensão de um novo governo obtiveram 43% de aumento em um ano e 16% no outro. Infelizmente, para o resto da população o resultado foi bem ruim.
Do golpe de estado, conforme assumido pelo governo Temer, o desemprego subiu, desde a operação Lava Jato, de 4,3% para os quase 13% de hoje. O presidente que emergiu, além de dar os aumentos para o Judiciário, promoveu mudança nas Leis Trabalhistas (perda de direitos) que prometia a criação de milhões de empregos.
Não houve aumento de empregos. Seu único esforço em direção a isso foi uma legalização do transporte clandestino, desde que atravessados por um banco americano, a Goldman and Sachs Bank (UBER). Modelo este de negócio que gerou algo parecido com a escravidão mas, sem dar direito a uma senzala nem a comida que os fazendeiros forneciam.
Eis que chegou ao governo um banqueiro ministro acariciado por toda imprensa corporativa. De cara, ele extermina com uma instituição de 80 anos: o Ministério do Trabalho. Sua gana por drenar recursos da classe trabalhadora rumo aos bancos parece não ter fim.
Assim criou a reforma da Previdência que irá criar muitas mazelas ao povo, principalmente, aos mais pobres. Como, por exemplo o corte de 50% no valor da pensão em caso de morte, já valendo. É um benefício que já foi vitalício, agora tem até prazo para se extinguir. Morte também vai causar o fim do DPVAT, quando pessoas acidentadas e, sem dinheiro, ficarem em frente de hospitais esperando atendimento.
Utilizadas em muitos países, a tributação das grandes fortunas no Brasil foi trocada pela “tributação das grandes pobrezas”. Agora o desempregado que receber o seguro desemprego vai ter que pagar imposto. Este valor será usado para compensar o custo de reduzir impostos a empresas que contratarem na modalidade Verde Amarelo.
Nesta modalidade o trabalhador perderá 50% no valor da multa rescisória, terá alteradas 25 Leis, revogados 37 artigos da CLT e interfere em outros 59, todas elas para proteção do trabalhador. No fundo, sabemos que esta exceção será no futuro a regra. O Ministro do Trabalho afirmou que é palatável cobrar imposto dos já desgraçados desempregados.
A sorte do banqueiro ministro e, dos jornalistas que criminosamente manipulam a informação para a população, é que aquela geração de trabalhadores, do início do século passado, já não esteja mais entre nós. Hoje, como uma República da Banana. parece termos apenas trabalhadores bananas que apenas assistem sua destruição. Suas riquezas vão sendo encaminhadas em direção aos bilionários, enquanto fazem dancinhas estranhas vestidos de Verde e Amarelo.
RG 15/O Impacto
Dólar sobe a R$ 4,20, o maior valor de fechamento da história…….
É o gado!
EXCELENTE, ESCLARECEDOR, É A REALIDADE,
Chora comunas, acabou a mamata.
Não concordo, mas não ligo o suficiente para elaborar uma resposta.
Muitos dos que outrora faziam dancinhas e arminhas, hoje estão espinoteando e fazendo outro gesto com as mãos.