Santarém pode adotar “bicitáxi” como alternativa no transporte

Você já ouviu falar em “bicitáxi”? Você andaria em uma “geringonça” dessas? Essa modalidade de transporte de passageiros poderá ser realidade em Santarém, a partir de um projeto desenvolvido pela Secretaria de Transportes do município de Santarém. A idéia é facilitar inicialmente a prática do ciclismo, como meio de transporte barato e ecologicamente correto.

O projeto prevê criação de ciclovias, para a maior segurança dos ciclistas. O segundo passo é estimular o transporte público com uma modalidade considerada inovadora em Santarém, o bicitáxi. O serviço já é usado com sucesso em Afuá, município do norte paraense na ilha do Marajó. O local é propício para essa prática, uma vez que lá não circulam nem veículos motorizados, e isso facilita a “invasão” das “magrelas”, assim chamadas as bicicletas. As mais digamos curiosas, são aquelas usadas no transporte de passageiros. Possuem equipamentos como aparelhos e DVD, e outras adaptações “sui generis”, que tornam o transporte mais sofisticado. Quando os bicitaxista têm capacidade maior que dois passageiros, um deles precisa dar uma “forcinha”, para não sobrecarregar o bicitaxista, mas ninguém reclama e pelo contrário, acha tudo muito divertido.

Como não há consumo de combustíveis esses transportes esbanjam por lá a curiosidade, dependem do bom gosto e criatividade dos “pilotos”. Desde os modelos mais simples, até os mais sofisticados, tem público pra todos.

O Brasil, não tem tradição nesse tipo de transporte, porque os acessos não permitem segurança necessária para os passageiros.

O Secretário de Transportes Sandro Lopes, garante que a concepção inicial do projeto de instalação de ciclovias nas ruas mais movimentadas, não previa o bicitáxi, mas ele aposta que o estímulo de se usar bicicletas, como já acontece na China, que é um País populoso, pode ser propício também, para o uso comercial desse tipo de transporte.

Sandro entende que até lá, haverá necessidade de se fazer um projeto específico para normatizar a atividade, da mesma forma como foi feito com o serviço de mototáxi.

“Como o transporte não é considerado veículo automotor, as regras serão mais simples”, garante o Secretário.

Em Afuá, onde a prática é considerada normal, cada “bicitaxista”, investe na certeza de que tanto maior for a sofisticação, quanto maior será a sua renda no final de cada dia trabalhado. Há alguns modelos, que de longe nem lembram que são concebidos a partir

da bicicleta.

Aqui na região Oeste do Pará, da cidade de Terra Santa, a atividade mistura o transporte de cargas com passageiros, mas convenhamos, os Afuaenses, até pela competição, entre si, já alcançaram o grau de sofisticação maior. Em Terra Santa, já existe até uma Associação que se chama: “Associação dos tricicleiros”. Eles lutam junto ao poder público municipal, que seja proibida a utilização de carroças com tração animal, que segundo eles, além de maltratar os “bois de cargas”, ainda provocam agressão ao meio ambiente, com a liberação de fases nas ruas da sede do Município, o que causa um aspecto nada recomendável, diante da proposta de utilização de transporte barato, e que não agride o meio ambiente, além de reduzir o número de acidentes, pela velocidade desenvolvida pelos triciclos.

Se a onda pegar em Santarém, a demanda reprimida de transporte coletivo poderá fazer a diferença.

O arquiteto Ary Rabelo, que é especializado em trânsito, entende que a medida é válida dedes de que as ruas sejam preparadas para tal. Ary entende que os bicitáxis, poderão ser úteis inicialmente em pequenas distâncias, notadamente da periferia, onde os mototáxis não tem interesse em explorar. Para Ary, o serviço acaba se auto ajustando diante das demandas, “mas antes de tudo é preciso saber se a população vai aderir a novidade”, finaliza Ary Rabelo.

Por: Carlos Cruz

 

Um comentário em “Santarém pode adotar “bicitáxi” como alternativa no transporte

  • 28 de junho de 2011 em 10:30
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    É incrível, na época do trem bala uns atrasados falando nesse “troço” ai. Arruma as ruas prefeita para que o transito possa fluir melhor, para que as empresas de transportes coletivos diminuam seus custos e possam melhor o serviço a população.

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  • 28 de junho de 2011 em 08:52
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    Olha!!!!No meu ponto de vista isso não vai funcionar.Santarem não tem espaço fisico para comportar mais esse meio de transporte.Já imagini misturar bicicleta,moto,carro e pedestre tudo junto,vai triplicar o numro de acidentes.Ela por ser um veiculo de baixa velocidade,vai causar transtorno,principalmente no centro da cidade.Se tivessemos planejamento de transito tudo bem,mais não temos,o nosso transito é avacalhado.Vamos analisar direito para não termos problema mais tarde.Todos tem direito de trabalho,mais de que seja com segurança.

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