Custodiados reformam clínica odontológica de casa penal em Santarém
Para garantir um cumprimento de pena digno, humanizado e oferecer assistências com qualidade às pessoas privadas de liberdade (PPLs), é necessária uma estrutura adequada. Por isso, a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) vem investindo na manutenção de diversas estruturas que compõem o sistema penitenciário paraense. Nesta quinta-feira (22), por exemplo, os custodiados do Centro de Recuperação Agrícola Silvio Hall de Moura (Crashm), localizado no município de Santarém, passaram a receber atendimentos odontológicos em uma nova clínica, dentro da unidade, totalmente reformada por eles mesmos.
Em apenas 20 dias, a clínica foi completamente reformada e revitalizada, incluindo manutenção hidráulica, elétrica e reparação com pintura de piso e paredes. A cadeira odontológica, que estava há mais de 10 anos no local, foi trocada por uma nova; a clínica também recebeu uma autoclave, para esterilizar os utensílios utilizados nos procedimentos odontológicos, além de todos os materiais necessários para um bom funcionamento da clínica odontológica terem sido repostos.
Além de uma melhoria no serviço de atendimento odontológico, a reforma também funcionou como mais uma atividade laboral para os internos, inclusa no trabalho de reinserção social realizado pela Seap. Como todo trabalho realizado pela população privada de liberdade, aqueles que participaram também recebem a remição de pena, garantida pela Lei de Execuções Penais (LEP). “Desde o início do ano, a manutenção das unidades prisionais tem sido realizada com a mão de obra de custodiados. Isso contribui para inserção de pessoas privadas de liberdade em atividades laborais e gera economia ao Estado, pois o custo do trabalho prisional é menor. O sistema penitenciário paraense caminha para a autossuficiência”, explica o diretor de Reinserção Social da Seap, Belchior Machado.
O diretor do Crashm, Cel. Tarcísio Costa, casa penal que hoje custodia 736 pessoas privadas de liberdade, também ressalta a importância de ter uma estrutura apropriada dentro da unidade para atender os internos. “Vale ressaltar que isso traz uma tranquilidade tanto para o atendimento odontológico quanto para o serviço normalmente executado na casa penal, porque caso não houvesse esse consultório adequado, os internos seriam encaminhados para atendimentos externos, o que demandaria mais recursos para este atendimento”, disse.
RG15/ O Impacto com Agência Pará