Preservação – projeto busca criação de horto florestal em Alter do Chão

Aconteceu na terça-feira (03) uma reunião na Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Santarém – SEMMA para discutir a implementação de um projeto que visa a criação de um horto florestal em Alter do chão. Em poucas palavras um horto florestal é uma área protegida, geralmente composta por mata nativa, localizada próximo a centros urbanos, onde se cultivam e estudam espécimes de plantas que fazem parte da região de instalação.

O projeto foi idealizado pelo Grupo Técnico de Urbanistas de Alter do Chão (GT – Alter do Chão), criado com o intuito de reunir profissionais técnicos para pensar soluções para o aumento do crescimento urbano e arquitetônico pelos quais o distrito de Alter do Chão vem passando. O grupo objetiva contribuir para o desenvolvimento sustentável da Vila, para que o lugar se torne muito mais agradável e atrativo para moradores e turistas. De acordo com a equipe “a preservação do patrimônio natural de Alter do Chão é imprescindível para existência e desenvolvimento das atividades turísticas na Vila”.

Estavam presentes na reunião o reitor da UFOPA, Hugo Diniz; a secretária de educação, Mara Belo; a secretária de meio ambiente, Vânia Portela; o secretária de cultura, Luis Figueira (Pixica); o vereador Alaercio, o representante da Secretaria de Agricultura, Flávio Semab; e os arquitetos urbanistas Bruna Bichara, Tamara Saré, Zeila Diniz, Patrícia Guimarães e Ney Imbiriba.

Reunião dos membros do GT com a SEMMA

Através do ofício Ofício nº 001/2020, enviado a SEMMA no dia 20 de agosto de 2020, o GT solicitou “o apoio e as articulações necessárias junto à administração municipal para a realização de uma atividade essencial para a consecução das atividades do GT – Alter do Chão, qual seja: a concessão sob o gerenciamento municipal de uso da estrutura de Horto Florestal existente na Escola da Floresta para a produção de mudas específicas com os custos de produção assumidos pelo GT – Alter do Chão destinada à arborização do Distrito de Alter do Chão.” (trecho do ofício). E após uma significativa espera foi definido na reunião decisiva um acordo para cessão de um espaço para que esse grupo de trabalho, composto de professores da UFOPA e arquitetos, possam desenvolver ações na Escola da Floresta com a finalidade de produzir mudas para o reflorestamento da vila.

O grupo espera então auxiliar no que tange a proteção dos recursos naturais do Distrito, pois está havendo perdas ecológicas significativas na área. A observação de tal prejuízo ecológico despertou no grupo a necessidade de se movimentar na busca de formas de recuperar e preservar essa biodiversidade.  Em trecho do ofício, o GT exprime a vontade de “implementar um plano de ação integrado com soluções preventivas na recuperação de áreas degradadas e precaução de alagamentos e enchentes, tais como: arborização da Vila de Alter do Chão, criação de cursos livres e intermediários fomentando a consciência ecológica coletiva, atividades de salvaguarda ambiental, criação de espaços de lazer e recreação, criação de corredores ecológicos vicinais, criação de bosque longitudinal no percurso Aeroporto-Alter do Chão, manutenção de espaços naturais e bens públicos (ciclofaixa Rodovia PA-457)”. Segundo um dos membros do grupo, o arquiteto e urbanista Ney Ibiriba, o plano é iniciarem no início do próximo ano, aproveitando o período chuvoso para plantarem cerca de 3000 mudas de plantas nativas por toda a área de Alter. Tais plantas serão adquiridas, cultivadas e preparadas no espaço agora cedido na Escola do Parque. Acredita-se que com mais arborização a ação vá atrair pássaros, proporcionar conforto térmico e melhorar a ambiência da vila, principalmente na questão paisagística. Para o arquiteto, o lugar é “a cereja do turismo da região e sem suas particularidades que a fazem famosa não convencerá os turistas a virem. Precisamos produzir novamente o paisagismo que está sendo descaracterizada pelo avanço urbano.”

Por: Thays Cunha

RG 15 / O Impacto

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