Artigo – Imprensa internacional ataca o Brasil por conta de Bolsonaro. É hora do Brasil se precaver de ataques econômicos e boicotes
Por Oswaldo Bezerra
O editorial do maior jornal do Reino Unido, o “The Guardian”, afirmou que o presidente do Brasil é perigoso para o mundo. Há poucos dias, o maior jornal dos EUA pedia o impeachment de Bolsonaro. Também publicaram críticas o jornal mais lido do mundo o “New York Times” e as maiores revistas de economia do mundo como a “Financial Times” e o “The Economist”.
Até pouco tempo toda esta “honra”, que Bolsonaro está recebendo da imprensa ocidental, era quase que exclusividade de Vladimir Putin. A Rússia sabe que isso é presságio de guerras econômicas e sanções.
Por conta desta situação, Moscou está se preparando para responder a uma nova onda de potenciais sanções econômicas e financeiras dos EUA e seus vassalos. O Brasil deveria se preparar para fazer o mesmo.
As medidas adotadas pela Rússia visam fortalecer sua moeda, manter o fluxo de pagamentos e garantir que o país possa manter os negócios normalmente.
Há claramente um cálculo deliberado para criar uma atmosfera tóxica em torno dos títulos russos, a fim de reduzir seu potencial de investimento. E isso pode acontecer ao Brasil também.
As possíveis novas restrições aos títulos do governo são como um bumerangue e prejudicariam claramente as instituições financeiras dos Estados Unidos e principalmente dos seus vassalos. A fúria nas adoções de medidas restritivas unilaterais provoca como reação perda de seus negócios e de seus cidadãos.
Moscou está trabalhando para desenvolver medidas em caso de quaisquer outras medidas hostis contra a dívida soberana do país. A reação precisa ser equilibrada, mas adequada, começando pela manutenção da estabilidade da economia e do sistema financeiro.
As autoridades russas estão explorando o desenvolvimento de um sistema que rivalize com o mecanismo de pagamento internacional SWIFT, dominado pelos EUA. Por vários anos, a ideia de que as empresas russas poderiam ser excluídas da plataforma foi discutida por comentaristas ocidentais. A Ucrânia ameaçou a Rússia com isso.
O Kremlin não descartar nenhuma das ameaças em potencial. Essas ações não são razoáveis e imprevisíveis, portanto, é claro, a Rússia fica em alerta.
Durante uma reunião com seus homólogos chineses no mês passado, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, disse que “os Estados Unidos declararam que sua missão é limitar as oportunidades de desenvolvimento tecnológico da Federação Russa e da República Popular da China”.
Por isso, o dólar deve ser desprezado como moeda padrão dos mercados internacionais, e as duas nações devem se afastar do uso do sistema de pagamentos internacionais controlados pelo Ocidente (SWIFT).
Em março, o governo dos Estados Unidos impôs um pacote de novas sanções contra autoridades e empresas russas pela mentirosa ação de envenenamento e prisão do traidor russo Alexey Navalny.
Desde então, as relações entre Moscou e Washington diminuíram ainda mais, com o presidente dos EUA, Joe Biden, provocando uma polêmica com uma entrevista à mídia em que concordou que seu homólogo russo, Vladimir Putin, é um “assassino”. As duas nações estão agora supostamente envolvidas em discussões diplomáticas de alto nível sobre a situação tensa no leste da Ucrânia, que a mando dos EUA declarou guerra a Rússia.
O Brasil é gigante está sendo ameaçado pelo Ocidente. Deveria nosso país ir mais funda no BRICS e se integrar a um sistema de pagamento do grupo. Assim nosso país ficaria livre das ameaças, sanções e chantagens dos EUA e da União Europeia.
RG 15 / O Impacto