Advogado do motorista que atropelou ciclista na BR-163 se pronuncia
O motorista identificado como Valdir, que conduzia a carreta que vitimou Rodolfo Miguel Costa, 68 anos, na última quinta-feira (1), na rodovia BR-163, será ouvido ainda nesta segunda-feira (5) na 16° Seccional de Polícia Civil. O caminhão carregado de calcário, que trafegava na Rodovia Fernando Guilhon com destino a uma fazenda, se encontra no momento em um posto de gasolina as margens da rodovia e passará por perícia.
Confira no vídeo o momento do acidente:
Segundo o responsável pela defesa do motorista, Advogado Sérgio Sant’anna, o caso está sendo considerado como uma fatalidade, haja vista que as condições de trafegabilidade da rodovia apresentam péssimas condições, com buracos, lama, mato, falta de iluminação pública, dentre outros problemas que contribuíram com as causas do acidente.
”A carreta passou por ele direto, se tivesse fazendo uma curva tinha batido de frente nele, passou a carreta, que é o cavalinho que eles chamam, passou primeiro o vagão, e ele foi se bater atrás no segundo vagão quando ele parou a bicicleta para subir na rua da casa dele . Acabou sendo uma fatalidade, além da irresponsabilidade também dos agentes públicos, responsáveis pela manutenção e cuidados com a estrada”, disse o Advogado. Destacou ainda que Valdir não percebeu que havia atropelado alguém.
”Quando ocorreu o acidente, o motorista só ficou sabendo quando um motociclista mais à frente o avisou que um rapaz em uma bicicleta tinha se desequilibrado e batido na lateral da carreta no último reboque. Decidiu não parar na estrada em horário de pico, sem acostamento, podendo causar outro acidente. Parou em um posto de gasolina e foi ao local para ver o que acontecera e prestar assistência caso necessário, mas já o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) já havia o levado”, concluiu o Advogado.
O Advogado pontua que infelizmente não podemos culpar apenas o Poder Público. “A bicicleta, como se observa na foto, trafegava de noite, em uma movimentada rodovia federal, em horário de pico, que não tinha ciclovia, nem acostamento, sem farol, sem luz pisca vermelha atrás, sem retrovisores, e a vítima ainda não usava capacete, o que no mínimo era uma conduta irresponsável, culposa, absurda e temerária, principalmente para um homem de 68 anos, cansado de 8h do trabalho de um dia todo, e com pouquíssima visão do caminho, pela ausência de iluminação e farol”.
Será instaurado um inquérito a qual será realizado a apuração de todas as circunstâncias do ocorrido, com provas e depoimento de testemunhas. Posteriormente será encaminhado ao Ministério Publico, onde serão analisados os fatos e provas apresentados para saber se cabe ou não fazer denúncia.
Por Diene Moura
RG15/O Impacto