Artigo – A perigosa arte de informar
Por Oswaldo Bezerra
Na edição de 10 de julho de 2021, o Jornal O impacto trouxe a notícia de mais um jornalista vítima de violência. Foi o repórter e diretor do Portal Moju News, Jackson Silva, que sofreu um atentado no município de Moju, nordeste paraense. Segundo informações, pelo menos sete tiros foram disparados contra o jornalista, mas somente dois acertaram o profissional, um no tórax e outro no rosto. O estado de saúde é considerado grave.
Acompanhe no vídeo:
É mais um caso que se soma a uma estatística crescente de violência contra jornalistas. Um dos grandes motivos do aumento da violência contra os profissionais foi sua inserção em uma lista em que se inclui inimigos da pátria como é dita pelo atual governo. Lista esta que inclui comunistas, esquerdistas, infectologistas, indigenistas, ambientalistas e agora jornalistas.
No ano passado, o prefeito do Rio de Janeiro esteve envolvido com uma milícia que promovia agressões a profissionais da imprensa. O intuito era impedir denúncias e reportagens sobre o sistema municipal de saúde. Ele sempre negou participação, mas nos grupos de WhatsApp da milícia, que recebia salário da prefeitura, ele estava sempre presente participando com mensagens.
O Relatório da Violência contra Jornalistas e Liberdade de Imprensa no Brasil – 2020, da Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) mostrou que ano passado foi o mais violento desde 1990. Foi até mais violento que na época da ditadura militar. Foram 428 casos de ataques, incluindo dois assassinatos, o que representa um aumento de 105,77% em relação a 2019, ano em que também já havia crescimento das violações à liberdade de imprensa no país.
Este ano parece que a coisa vai ser pior à medida que as denúncias sobre corrupção no processo de vacinas vão aparecendo. O monitoramento de violações à liberdade de imprensa, realizado pela Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), registrou um aumento de alertas no primeiro trimestre de 2021, em comparação com o mesmo período de 2020.
Jair Bolsonaro continua desmoralizando a imprensa e encorajando o ódio aos jornalistas. O “gabinete do ódio” que cerca o presidente brasileiro publica ataques em larga escala a jornalistas que fazem revelações sobre políticas do governo. Desde o início da epidemia de coronavírus, Jair Bolsonaro redobrou seus ataques à imprensa, que ele considera responsável por uma “histeria” destinada a gerar pânico no país.
De janeiro a março deste ano foram identificados 73 ataques a meios de comunicação, jornalistas, comunicadores e imprensa de modo geral contra 53 no primeiro trimestre do ano passado. O crescimento de 38% reforça a escalada da violência contra comunicadores no país, fato já apontado em outros monitoramentos de organizações da sociedade civil. A previsão é de que esses números sejam superados mais uma vez em 2021.
O aumento da violência contra jornalistas não é um fenômeno apenas nacional. O clima global de impunidade e a perigosa retórica anti-imprensa criam um ambiente hostil para o jornalista. Trabalhar como jornalista foi mais perigoso em 2020. Pelo menos 30 jornalistas foram mortos em serviço no ano passado, segundo dados de um relatório divulgado mundialmente hoje pelo Comitê para Proteção de Jornalistas (CPJ), organização independente de defesa da liberdade de expressão. O número representa mais do que o dobro do ano anterior. Em 2020, foram 21 assassinatos de jornalistas somente por retaliação ao seu trabalho. Em 2019, foram 10. As outras mortes nove mortes contabilizadas neste ano foram em áreas de conflitos e também em outros contextos perigosos.
A grande preocupação no Brasil é que os jornalistas estão sendo alvos de intimidação e perseguição por parte do governo, que ataca abertamente e criminaliza o jornalismo. “Sem jornalismo não há democracia verdadeira”, disse Paulo Rocha (PT-PA) criticando a postura da presidência da República ao atacar jornalistas. Por conta disso, no Senado tramita o PL 2.874/2020, projeto de lei do senador Weverton (PDT-MA), que prevê o agravamento da pena para crimes de lesão corporal cometidos contra jornalistas.
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RG15/O Impacto
Ah, então o Governo Bolsonaro é que ataca a imprensa e jornalistas ? Todo brasileiro sabe da difamação que a mal acostumada mídia professa contra ele. Primeiro porque acabou com a mamata da grana pública alimentando os elogios ao Governo Federal, né rede globo ! Depois metem a lenha porque boa parcela dessa mídia é composta de jornalistas comunistas, ávidos pelas volta dos ptralha$ ao controle das verbas públicas e das falcatruas, como ocorreu nas compras dos hospitais de campanha e material hospitalar, uma aberração, onde bilhões de Reais foram surrupiados do povo brasileiro. Chega de mentiras, de enganação, o povo acordou !