Plano de Manejo garante sustentabilidade da Floresta Estadual do Trombetas
Entrou em vigor nesta quarta-feira (10), com a publicação no Diário Oficial, o Plano de Manejo da Floresta Estadual (Flota) do Trombetas, no Oeste do Pará. Elaborado pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), em parceria com o Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG) e a Conservação Internacional (CI), e aprovado pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), o documento estabelece o zoneamento e as normas que passarão a nortear o uso e o manejo dos recursos naturais da Floresta do Trombetas.
Situada na margem esquerda (Calha Norte) do Rio Amazonas, a Flota tem mais de 3 milhões de hectares e integra o maior corredor de biodiversidade do planeta, de acordo com estudo feito pela Conservação Internacional em 2010, abrangendo os municípios de Oriximiná (88%), Óbidos (11%) e Alenquer (1%), ambos no Baixo Amazonas. Segundo a coordenadora do projeto do Plano de Manejo, a pesquisadora Jakeline Pereira, a área, que dispõe de 97% de floresta intactos, abriga cerca de 200 famílias, entre a comunidade quilombola “Cachoeira Porteira” e pequenos grupos indígenas.
“Com o plano, a área fica resguardada de invasão, de qualquer ação de desmatamento, da retirada de qualquer recurso natural por terceiros e de novos moradores, que não sejam os tradicionais da área. As famílias que já estão morando vão continuar no local. Além disso, todas as atividades que acontecerem na unidade serão fiscalizadas pela Sema. É comprovado que uma UC é a melhor forma de impedir o avanço do desmatamento. A área tem 77% de floresta e já estava sendo feita sondagem para o desmatamento, por isso o pedido do governador Jatene para darmos início à elaboração desse plano”, explica a pesquisadora do Imazon.
Potencial – O objetivo é conservar e manejar os recursos florestais e ambientais de forma sustentável em toda a extensão da área, que possui grande potencial para o manejo florestal de produtos madeireiros e não-madeireiros – principalmente castanha do pará -, ecoturismo e serviços ambientais. “Nesse primeiro momento vamos trabalhar fortalecendo as comunidades, com capacitação, para que elas continuem utilizando os recursos que já utilizam, como é o caso da castanha do pará, só que com novas tecnologias sustentáveis. Também vamos fiscalizar a ação madeireira, que também já existe na região”, informa Jakeline Pereira.
O próximo passo é a elaboração de um Plano de Uso Público. “Nós vamos elaborar no próximo ano um plano para que essas unidades também possam receber visitações, incentivando o turismo”, adianta a pesquisadora. Segundo ela, o Plano de Manejo para a Flota de Trombetas permanece em vigor até 2015, quando deverá ser feita uma atualização.
Por: Amanda Engelke – Secom
sou funcionário publico trabelhei nesta região do trombetas fico triste ler uma mensagem desse tamanho que os quilombolas junto com a sema vão cuidar da floresta quando erra o IBAMA eles não respeitavam o gora eles vão acabar com a floresta e muito triste