Tem gato no telhado

Por José Ronaldo Dias Campos

O “plus” no telhado das inúmeras casas do Programa Social “Minha Casa Minha Vida”, espalhado por todo o estado do Pará, tomando como exemplo o “Residencial Salvação”, na Rodovia Fernando Guilhon, só serve de adorno, berloque para encarecer milhares de unidades habitacionais em detrimento do hipossuficiente. Incoerência palmar.

Refiro-me ao “sistema de aquecimento solar de água”, justificadamente utilizado nas regiões frias do Sul e Sudeste do país; não na Amazônia, onde a temperatura normal gira em torno de 30 graus, obrigando os moradores dos trópicos aguardar a água esfriar para poder tomar banho, ainda mais em uma área exposta ao constante calor, sem qualquer arborização, como no exemplo apontado.

Se a sensível e cara engenhoca gerasse energia elétrica suficiente para abastecer cada humilde residência, tudo bem, aplaudiria a iniciativa; mas para aquecer água, que já é naturalmente quente nesta região, como cediço.

Eu fui ver de perto e conversei à época com um engenheiro amigo que conhece bem o assunto e tirei a conclusão que o sistema solar aumentou desnecessariamente o preço da unidade residencial.

Pior, foi obrigatória a aquisição e instalação dessa geringonça que não vai ser utilizada e que rapidamente se estragará. Não dá para entender!

Será que ninguém percebeu essa manobra? Nem reclamou? Ou será que o meu raciocínio está errado?

O Impacto

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