Empresário denuncia “atrocidades” em operação para reprimir garimpos

Na manhã desta quinta-feira (17), moradores da comunidade de Porto Rico, na região de Jacareacanga, foram surpreendidos com a ação da Polícia Federal em conjunto com a Força Nacional. Segundo um comerciante, que preferiu não se identificar, agentes abordaram a população com balas de borrachas, gás lacrimogêneo, e invadiram estabelecimentos particulares, onde incendiaram maquinários, deixando um rastro de destruição no local. Vídeos registrados por moradores da comunidade mostram crianças, mulheres e idosos correndo da ação policial, que protagonizou cenas de um campo de guerra.

“Eles queriam queimar duas escavadeiras de um comerciante que estava fechada dentro do seu quintal, mas a questão que a gente queria rebater é que estão invadindo propriedades, casas, comércios, isso tudo sem mandado, sem nada! Porque ali tem escolas, há pessoas que vivem do pequeno comércio, da agricultura. Enfim, estão atacando a população que nem sequer está protestando alguma coisa”, disse um empresário da região.

O empresário, que prefere manter sua identidade em sigilo por medo de represálias, destacou ainda que não se combate a ilegalidade promovendo violência. “Acredito que não seja por aí o caminho, vamos combater a atividade garimpeira onde ela está acontecendo, dentro dos baixões, dentro dos rios, onde tem balsa. Tudo bem, não sou a favor de destruir a natureza, eu sou contra fazer esse tipo de ação contra pessoas, contra populares, pessoas humildes que moram lá há anos. Alguém tem que dizer alguma coisa. Não é possível, só se fala em Alter do Chão, parece que Alter do Chão justifica toda a atrocidade que estão fazendo dentro do garimpo”, finalizou.

Segundo os próprios garimpeiros, os maquinários foram levados para dentro da comunidade, pois baseados na lei, acreditavam que os equipamentos não seriam destruídos, apenas se fossem flagrados sendo utilizados na  prática de atividades ilegais.

Operação Caribe Amazônico 

A Operação Caribe Amazônico, que foi deflagrada pela Polícia Federal (PF) para reprimir os garimpos ilegais no Rio Tapajós, deve durar toda a semana. A ação conta com a participação do Ibama, Funai, (PRF), Força Nacional de Segurança Pública, Marinha, Exército, FAB e Bope PMDF. A operação é decorrente de informações sobre a contaminação do rio Tapajós, que levaram à necessidade de ações imediatas nas regiões de Itaituba, Jacareacanga, Moraes de Almeida, Creporizinho e Creporizão.

Por Diene Moura

O Impacto

Foto: Reprodução

2 comentários em “Empresário denuncia “atrocidades” em operação para reprimir garimpos

  • 19 de fevereiro de 2022 em 17:38
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    Eu concordo que eles faz compate a garimpo ilegal mais agredir uma comunidades isso aí errado lá e uma comunidade não e curutela de garimpo não, si eles querem tanto acabar com o garimpo pq eles não começar com as empresas, que fabrica as coisa de garimpo,e outra como fica os direitos humanos daquelas pessoas que mora lá naquela comunidade

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  • 18 de fevereiro de 2022 em 16:02
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    Parabéns a polícia. Se a polícia os estão reprimindo é pq estão trabalhando de maneira ilegal.. que a polícia continue assim..

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