MPF ainda cobra resgate de navio que afundou no Pará com 5 mil bois vivos em 2015
O Ministério Público Federal (MPF) enviou, nesta quarta-feira (23), ofícios à Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) e à empresa Superpesa Companhia de Transportes Especiais e Intermodais para cobrar melhor comunicação social sobre os trabalhos de resgate do navio Haidar, que afundou no porto de Vila do Conde, em Barcarena (PA), em 2015.
O MPF requisitou que a empresa cumpra a obrigação de que todos os trabalhos do procedimento de resgate do navio sejam amplamente comunicados às comunidades vizinhas ao porto com antecedência suficiente para que os moradores possam se preparar e os transtornos possam ser reduzidos.
À Semas o MPF cobrou que a secretaria notifique a empresa sobre o descumprimento dessa obrigação, e que determine o atendimento dessa exigência em todas as etapas do processo de resgate (reflutuação, retirada e varação) do navio.
Segundo denúncias de moradores de Barcarena ao MPF, muitos deles trabalham próximos ao porto e têm suas atividades prejudicadas pela falta de comunicação adequada sobre as etapas de resgate e seus possíveis impactos.
Relembre o caso
No dia 06 de outubro de 2015, o “MV Haidar”, de bandeira libanesa, adernou para cima do píer 300, berço 302 do cais do Porto de Vila do Conde, em Barcarena, vindo a naufragar com 5.000 cabeças de gado, além toneladas de óleo e de outros resíduos. O destino do navio seria a Venezuela. Os animais mortos e a poluição que vazou do navio contaminou as praias e causou inúmeros prejuízos para a população.
RG 15 / O Impacto com informações do MPF