Policial Militar é sentenciado a 24 anos de prisão por homicídio e tentativa de homicídio em Santarém
O Policial Militar Ederson Silva Cardoso foi condenado a 24 anos e 6 meses de prisão pelo crime de homicídio, que teve como vítima Jarleane Aranha Siqueira e pela tentativa de homicídio contra Hugo Wanderlan Figueira Mota.
Os crimes ocorreram no dia 29 de outubro de 2016. Hugo pilotava uma motocicleta, tendo como carona Jarleane. Após passarem por uma blitz da PM que acontecia próximo ao viaduto da Fernando Guilhon, foram atingidos por disparos de arma de fogo, e caíram do veículo.
Eles foram socorridos e encaminhados ao Pronto Socorro Municipal, porém, Jarleane morreu antes de chegar à Unidade de Saúde, e Hugo passou por cirurgia para retirar a bala. Na época, todas as armas dos militares foram recolhidas e levadas para perícia no IML.
As investigações da Polícia Civil apontaram que o projétil que atingiu as vítimas era compatível com o da arma utilizada pelo Cabo PM Ederson Silva Cardoso, que era o único policial que estava na operação, a utilizar o tipo de armamento.
O Juiz de Direito Gabriel Veloso indeferiu o direito de recorrer em liberdade, determinando a prisão preventiva do acusado condenado Ederson Silva Cardoso, a ser cumprida no Centro de Recuperação Coronel Anastácio das Neves, no Complexo Penitenciário de Santa Izabel, na Grande Belém.
Também foi estabelecida a perda do cargo/função de Policial Militar, após transitada em julgado a condenação.
A investigação
No dia do crime, o delegado Jardel Guimarães era a autoridade policial de plantão na 16º Seccional de Polícia Civil. Naquele sábado a noite foi até ao Pronto Socorro Municipal ouvir a vítima Hugo.
Ao delegado, Hugo disse ter saído do Residencial Salvação, conduzindo Jarleane, que pegaria um aparelho celular em um posto de combustível na BR-163. Porém, errou o caminho (dobraria a direita) para atingir a Cuiabá, mas acabou passando direto, no sentido Magalhães Barata (Rodagem).
Ao delegado Jardel, o condutor disse, também, que quando atravessou o viaduto, a moça que conduzia gritou: “Para que vou cair”. No final do viaduto, sentido Rodagem, Hugo Wanderlan conta que Jarleane caiu da moto e ele também, ambos baleados.
Hugo disse ao Delegado, que viu passar, antes dos tiros, duas pessoas em uma motocicleta, seguidas por uma viatura da PM. Na entrevista, Hugo relatou, ainda, que uma segunda viatura da PM chegou ao local em questão de segundos. Hugo afirmou que chegou a ser pressionado para mudar a versão.
O Impacto