Inácio: “Padre Edilberto não entende de obras”

Inácio Corrêa: “Todos que estão cadastrados irão receber casas do PAC”

A menos de um mês de atividade das obras do Programa de Aceleramento do Crescimento (PAC), no bairro do Mapiri, as construções das residências começam a ganhar estrutura. Na mesma proporção, as divergências dos moradores ao modelo construído vão criando base para a estrutura de um futuro conflito com o governo municipal. Alguns moradores alegam o descumprimento do que foi prometido nos encontros feitos com as representações do PAC e já anunciam acionar o Ministério Público Estadual (MPE) a realizar uma fiscalização nas obras. O governo Municipal discorda das críticas e na infeliz colocação do Padre Edilberto Sena, na edição anterior do O Impacto. O religioso menciona a irresponsabilidade do governo local nas obras.

A dona de casa kellen Suelen Santos, disse que os sogros estão cadastrados para receber a casa. Ela mora junto com eles e está preocupada com o modelo em construção. Mesmo sem nenhum entendimento especializado em engenharia civil, diz que algo está errado na base da obra. “Toda estrutura de alvenaria tem ferragem, principalmente de colunas e não vemos os trabalhadores colocarem isso nessa construção, talvez nem tenha a cinta para sustentar o telhado. Ficamos com medo no futuro, pela insegurança que pode causar, sendo que a chuva em nossa cidade é muito forte e nessa área é foco de grandes alagamentos. Já pensou se isso desaba”, informa Kellen Suelen.

Acostumada a viver há 17 anos  em espaço amplo nos cômodos da residência, um quintal para atividades de lazer com família, outra moradora, a dona de casa Rosa Maria de Sousa (54), diz que o modelo de residência é apertado demais. “No quarto não vai caber nem a cama, e na cozinha vamos ter que diminuir o tamanho da mesa, porque não vai dar para entrar naquele espaço”. Com o sentimento de arrependida por ter deixado os operadores destruírem a casa dela em frente da Orla do bairro, Rosa Maria descreve que na moradia anterior tinha quartos grandes, era de madeira, mas grande o suficiente para acomodar toda família e lamenta o descaso da entidade representativa dos moradores. “Vamos ficar espremidos nessas casinhas. Não vemos a Associação fazer nada por nós. É preciso chamar o Ministério Público a vir aqui vê essa obra, e dizer se está certo ou não”, declara a moradora.

O agravante ganhou mais sustentação entre os moradores quando tomaram conhecimento do sorteio das casas. Ela teme que retorne os conflitos de gangue. “Eu quero voltar para o lugar que morava antes, o meu terreno foi comprando, escolhi essa área para morar. E agora não vou voltar para o mesmo lugar, isso não é justo. Há previsão que outros moradores da rua de cima venham morar aqui, isso vai virar um cemitério, podem retornar os conflitos de gangue. O povo daqui, não se dá com o povo do final da Avenida São Sebastião”, explicou Rosa Maria.

“Estamos de mão atadas e não podemos fazer nada, agora já é tarde. Nós queríamos exigir do governo um documento com a garantia de que os moradores iriam voltar para o mesmo lugar que moravam, os próprios moradores não apoiaram a Associação. Deixamos de lado, porque a direção não pode cobrar algo que não foi de comum acordo”, esclareceu o vice-presidente da Associação da Grande Área do Mapiri (Acobam), José Luiz Martins.

A reação do vice da Acobam é justificada pelo fato de existir uma equipe fiscalizadora do PAC, denominada de Comissão de Acompanhamento de Obra (CAO). “Esse novo grupo de trabalho foi apoiado pelos moradores e agora eles têm que cobrar da comissão. Tem muita coisa que foi prometida no projeto que não está sendo realizada. Mas, vemos um medo nos moradores em reivindicar o direito, não é brigar, é cobrar o direito. Agora, eles estão vendo que as coisas estão caminhando de outra maneira. Pois quando você tem uma casa de palha ou madeira, é sua; quando você sai de lá, você perde esse direito”, declarou José Luiz Martins.

Para o secretário de Infraestrutura do Município, Inácio Corrêa, as Obras do PAC, tanto do Mapiri e do Uruará estão em boas mãos. Inácio Corrêa ficou contrariado com as colocações do Pe. Edilberto Sena. “Uma das mãos que o PAC está é na minha. Eu não sei como o Padre está administrando a Rádio. Mas, por conhecê-lo bem sei que não é uma pessoa incompetente. Ele também me conhece há muito tempo, e não sei porque razão ele se expressou dessa forma. Não quero dizer que ele está caluniando a gente. O que estou querendo dizer é que ele provavelmente não conhece nas mãos de quem está o PAC ou ele não sabe profundamente o que está acontecendo com o PAC”, informou Inácio Corrêa.

Ele afirmou que tudo está programado para não dar errado, no entanto, a complexidade e grandiosidade do PAC sempre pode haver algum tipo de problema. Disse que isso é normal. “Esse projeto está em um ritmo bom, nós tivemos um problema em 2009 e no início de 2010. No segundo semestre de 2010 nós não tivemos mais problemas e estamos avançando bastante. Os dois Conselhos estão funcionando, são formados por pessoas da comunidade. Tem uma equipe nossa do PAC Social acompanhando essas famílias para diminuir os conflitos e as dúvidas que existem entre os moradores, bem como temos feito reunião periódicas. Inclusive de prestação de contas”, informou o Secretário.

Quanto às reivindicações dos moradores na estrutura das casas, o Secretário informou que o modelo construído das residências, é o mesmo do padrão de casa popular em todo Brasil. O projeto teria sido alterado quando iniciou no Uruará. As casas tinham o modelo germinado. Por reivindicação dos moradores ocorreu alteração. “Hoje estamos construindo casa de 39 m², tem espaço para banheiro, dois quartos, sala e cozinha. O terreno é de 8×20. Portanto, pode ser aumentada tanto para frente como para trás a casa”. Ele confirma que a entrega das casas vai ser através de sorteio. Essa estratégia seria o justo e deve evitar rumores de privilégio a um ou a outro. “Já pensou todo mundo querendo morar na orla do Mapiri. Se eu coloco alguém de frente para Orla, vão dizer que está lá porque é meu amigo, porque é meu protegido, ou alguma coisa assim. Todos que estão cadastrados, vão receber casas”, conclui o secretário Inácio Corrêa.

Por: Alciane Ayres

8 comentários em “Inácio: “Padre Edilberto não entende de obras”

  • 3 de dezembro de 2011 em 09:03
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    GENTEEEEE, NOVAS ELEIÇÕES ESTAO CHEGANDO, VAMOS TIRAR ESSE POVO VELHO E QUE JA SABEM POR ONDE IR, E COLOCAR SANGUE NOVO NESSE GOVERNO…PELO AMOR DE DEUS… NAO AGUENTAMOS MAIS TANTO DESCASO…JA SABEMOS QUEM PRESTA OU NAO PRA ARRUMAR NOSSA CASA….

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  • 2 de dezembro de 2011 em 21:55
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    helinelson! se com o jatene ta ruim, com a ana julia tava bom hein! fala serio. PT 2012 se os santarenos votarem de novo é pq são burro. errar é humano permanecer no erro é…. burrice. (ditado popular)

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  • 2 de dezembro de 2011 em 14:54
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    Sou de Santarém e agora moro em Manaus. Essa bagunça de Pac sobrevive ainda. Pensei que já havia morrido. Porque com esse governo tudo enrola e quando sai é só pagunça. 2012 vem votem de novo no PT, conterranêos.

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  • 2 de dezembro de 2011 em 14:33
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    Padre sabe sim o fala. Ele esta falando de trabalho e honestidade e nao de base de construção. O Inacio quer se fazer de besta.

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  • 2 de dezembro de 2011 em 12:02
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    mesmo o governo tentando ajudar os moradores do mapirí, ficam pegando corda de politicos da oposição que ficaran 8 anos no poder não fiseran nada e agora ao invéz de ajudar no desenvolvimento queren brecar . o exemplo é o governo jatene que enganou o povo de santarem .mas para quem votou neles eu acho bom principalmente para os servidores publicos estadual. agora voces estão vendo em quem voces votaram o governador é comtra o desenvolvimento de santarem e região o culpado do estado do tapajos não sair são .voves que votaran no jatene

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  • 2 de dezembro de 2011 em 10:53
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    e isso mesmo irresponsabilidade dessa turma da prefeitura.

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  • 1 de dezembro de 2011 em 17:56
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    A justiça é la de cima pra baixo seu Inacio e dona Maria do Carmos, quem tem o temor de Deus sabe do que estou dizendo…Se cuidem….pois Deus esta de olho no que estao fazendo com os pobres e com a saude. O Sangue desse povo sera cobra por Deus. \”O que cala ao clamor do pobre um dia clamara e nao sera ouvido\” leiam a Biblia.

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  • 1 de dezembro de 2011 em 17:23
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    Essa comissão de fiscalização pelo jeito não se chama CAO. Acho que deveria chamar de CAOS.

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