Bocão Ed. 865

HORARIO

Quem lutou para manter o horário atual foram o secretário de planejamento Everaldo Martins e o presidente da Associação Comercial e Empresarial de Santarém (ACES) Alberto Oliveira, visto que atrasando o horário prejudicaria a economia confrontando com as operações comerciais com os centros que abastecem a região. É importante ressaltar que mudar o horário para quem conhece as operações empresárias, sabe que prejudicaria o desenvolvimento da economia.

HORÁRIO II

“Da forma como redigido, o projeto de lei não permite a apreciação individualizada das alterações propostas aos fusos horários nos Estados do Acre, do Amazonas e do Pará, impedindo a apreciação da matéria face às realidades locais de cada um dos entes afetados”. Esta foi a argumentação da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República, para a permanência dos horários do Acre, e parte do Pará e Amazonas. O despacho foi assinado e publicado na quarta-feira pelo vice presidente Michel Temer, mas as láureas de quem aprovou, foram para a presidente Dilma. Nesta altura dos acontecimentos, isso não tem relevância. O importante que pelo menos por aqui, a medida atende a maioria da população da região Oeste, que não entende até agora o porquê que o senador Flexa Ribeiro quis pegar carona no bojo da discussão, e pelo visto acabou atropelando até a vontade dos acreanos em voltar ao antigo horário. O deputado Lira Maia, em que tenha pesado seu empenho pela emancipação do Tapajós à época, prometeu, mas nada fez de concreto para que a matéria fosse pelo menos procrastinada até que ele retomasse às suas atividades legislativas em tentasse barrar a proposta do senador Flexa Ribeiro. Senador, essa FLEXADA, pelo menos essa, o senhor errou

HILARIANTE

Em meio a momentos acalorados durante a aprovação do orçamento de 2012 os vereadores, todos presentes, como se verifica em poucas ocasiões, tiveram um momento de descontração. Quando foi colocada em apreciação a rubrica destinada à Secretaria Municipal de (des) Organização Portuária, no montante de pouco mais que R$ 300.000 (trezentos mil reais), o vereador Nélio Aguiar pediu questão de ordem e disparou, sem a menor intenção de fazer piada: “Pode parecer que esse valor é pouco para o orçamento anual de uma Secretaria, mas se levarmos em conta que ela não faz nada, isso é muito”. Depois da colocação, o momento foi “HILARIANTE”, que me desculpe o Secretário pelo trocadilho. Passado o surto de risos, o vereador Maurício Corrêa acabou fazendo uma emenda pior que o soneto. Ele disse que deveria ser levado em consideração, o fato de em todo o Brasil, só existirem duas secretarias com essa nomenclatura, uma em Santos, e outra em Santarém. Ora, ora, nobre Vereador, um momento de descontração como esse, como não dá pra chorar, acompanhemos, então, os demais vereadores, neste momento tão propício pra falar de coisas sérias. É por isso que os palhaços têm na maioria dos políticos, seus concorrentes mais ferrenhos.

AÇÕES PÓS PLEBISCITO

A parceria entre as frentes Pró-Carajás e Pró-Tapajós não deverão ser encerradas depois do resultado da consulta. O deputado João Salame, da Frente pró Carajás, esteve nesta quarta-feira em Santarém, para receber honraria na sessão de encerramento deste ano da Câmara Municipal de Santarém. Pelo menos algumas investidas, segundo ele, estão sendo preparadas: a transformação das regiões do Tapajós e Carajás em territórios, uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) definindo que a consulta plebiscitária deve ser realizada apenas nas áreas a serem desmembradas, esperar a convocação de uma Assembléia Constituinte ou quem sabe um projeto de iniciativa popular com um milhão de assinaturas, que segundo Salame, não é difícil de conseguir.

ADJETIVOS

‘’Estratégia político-partidária, incoerente e no mínimo imoral”. Estes foram apenas alguns adjetivos usados pelo vereador Henderson Pinto, diante do valor do orçamento da Secretaria de Infraestrutura, que tem como secretário Inácio Corrêa, pré-candidato a Prefeito, com o apoio anunciado pela própria prefeita Maria do Carmo. Manobra político-partidária, atitude imoral, à revelia da lei, e outras coisitas mais. Motivo: dos R$ 552 milhões do orçamento, pelo menos 174 milhões, não por coincidência, foram destinados para a Secretaria de Infra-estrutura, em pleno ano eleitoral, além de autorização para que o Município posa contrair operação de crédito em mais de 68 milhões de reais. Se for levado em conta os últimos anos, onde apenas 50% da previsão orçamentária é transformada em recursos efetivamente, a pasta de Inácio vai ficar com a maior fatia da história dos orçamentos do Município, em detrimento de algumas secretarias, que se não tem importância deveriam ser extintas para evitar pelo menos os cabides de emprego.

BRINQUEDOS 

O Inmetro em uma visita a apenas 15 estabelecimentos, conseguiu apreender mais de 3 mil brinquedos sem o selo do instituto, ou o que é mais grave, com selos adulterados. O consumidor desavisado, nem liga muito pra isso, apenas para o preço, incentivando a sonegação fiscal. Os comerciantes que ainda tem o direito de apresentar defesa em 10 dias para provar a boa procedência, ainda podem reaver as mercadorias, o que, para os agentes de fiscalização, será pouco provável. No caso dos enfeites natalinos a pirataria corre ainda mais à solta, pois como não há exigência de prova legal da procedência, apenas a espessura dos fios e bocais dos jogos de luzes são avaliados pelos fiscais. Um convite aos comerciantes de má índole.

CANGAPÉ

A prefeita Maria do Carmo, ao que parece armou um cangapé para o seu desafeto Francisco Barbosa, o Chiquinho do Aeroporto Velho. Para quem não sabe, cangapé é um jogo com um ferro pontiagudo que marca na terra um cerco ao adversário, pra que ele não tenha saída. No apagar das luzes da votação da última sessão ordinária deste ano, os vereadores aprovaram o Projeto de Lei onde o Executivo repassa à Caixa Econômica poderes para que esta execute o Programa Minha Casa Minha Vida, nas terras da avenida Moaçara (JK), com aproximadamente 2.500 unidades habitacionais, que já pertenceram à União e foram devolvidas ao Município. Só para relembrar, existe um imbróglio na Justiça, entre a Prefeitura e a Associação dos moradores do bairro Aeroporto Velho, onde Chiquinho luta pra que a Caixa Econômica faça o repasse de parte dos recursos para que a própria associação se responsabilize pela Construção de cerca de 400 unidades para associados cadastrados. Chiquinho que já comandou uma verdadeira invasão nas dependências da Câmara Municipal, levantando na época a mesma bandeira, não deve ficar calado. A demanda judicial, mesmo que seja favorável à Prefeitura, no mínimo deve retardar a execução do projeto.

ESTACIONAMENTO

Nós que aqui mesmo da coluna tecemos críticas ao modelo de estacionamento adotado pela Secretaria Municipal de Transportes na área comercial, precisamos reconhecer que depois de tanta gritaria, o secretário Sandro Lopes resolveu fazer alterações no estacionamento da avenida Tapajós, no trecho que vai do Terminal Fluvial de Passageiros, até a altura da praça da Matriz. A experiência durante o movimento das festas de fim de ano, pode servir de avaliação para aumentar o número de vagas naquela área, e até indicar a implantação da tão propalada zona azul. Aproveite Secretário, que hoje você conta com o apoio da CDL, SINDILOJAS e ACES, para fazer as mudanças que se fazem necessárias. Não perca a chance.

MAGISTRADOS NA REDOMA

Pegou mau a decisão monocrática do ministro Marco Aurélio Mello, do STF, de colocar os juízes em uma redoma. A solicitação foi feita pela Associação dos Magistrados Brasileiros, por entender que o Conselho Nacional de Justiça extrapola as suas atribuições, ao punir magistrados sob acusação de desvio de conduta. Para o Ministro, o CNJ só pode entrar em ação, quando o caso já estiver sido esgotado na Corregedoria local. É como se os magistrados estivessem acima do bem e do mal.

MARINOR

Com o arquivamento do recurso interposto pela senadora Marinor Brito, pelo ministro do STF Joaquim Barbosa, agora nada mais impede que o senador Jader Barbalho tome posse no próximo dia 28. O voto de qualidade ou voto de minerva dado pelo presidente da Corte Suprema, Cezar Peluso, alegado pela Senadora, está previsto em regimento interno. Marinor assumiu a vaga de segunda Senadora eleita do Pará no ano passado após terminar a votação em quarto lugar depois que registros do segundo e do terceiro candidatos mais votados, Barbalho e Paulo Rocha, respectivamente, foram negados de acordo com a Lei da Ficha Limpa.

Por: Emanuel Rocha