Paraenses começam a receber novo salário mínimo

salário mínimo

Cerca de 1,4 milhões de paraenses receberão, a partir desta semana, o novo salário mínimo de R$ 622. Um reajuste de 14,13% em relação ao valor pago até dezembro de 2011, quando o trabalhador recebia R$ R$ 545.

Segundo o Departamento Intersindical de Estatíscas e Estudos Socioeconômicos do Pará (Dieese-PA), o valor do novo mínimo deverá injetar na economia do Estado cerca de R$ 100 milhões por mês.

Em 2003, o reajuste foi de 20%, para uma inflação acumulada de 18,54%, o que correspondeu a um aumento real de 1,23%. Em 2004, a elevação foi de 8,33%. Em 2005, o salário mínimo foi corrigido em 15,38%, contra uma inflação de 6,61%. Com o valor de R$ 465, em 2009, o ganho real entre 2008 e 2009 foi de 5,79%. Este ano, com o mínimo de R$ 622, em vigor desde o dia 1º de janeiro, o valor acumula um ganho real desde 2002 de 65,95%.

O acordo fechado entre as Centrais Sindicais com o apoio técnico do Dieese e o Governo Federal, as datas de reajustes do salário mínimo, que nos últimos anos oscilou entre maio e abril, também mudou. Pelo acordo, desde o ano passado os trabalhadores recebem o novo mínimo a partir do primeiro dia do ano.

O Dieese calcula ainda que no, âmbito nacional, o impacto do novo mínimo na economia nos próximos 12 meses, considerando desde o mês de janeiro deste ano,  seja de R$ 47 bilhões, atingindo cerca  de 48 milhões de pessoas.  O Dieese também estima que será de cerca de R$ 22,9 bilhões o incremento  na arrecadação tributária sobre o consumo com o novo mínimo em todo o Brasil.

Cerca de R$ 2,7 bilhões devem entrar na economia da região Norte e mais da metade, cerca de R$ 1,4 bilhão, somente no Pará. Segundo o Dieese, cerca de 1,4 milhões de pessoas deverão ser alcançadas pelo novo mínimo em todo o Estado.

CESTA BÁSICA

Mesmo com crescimento real de cerca de 65%, de 2003 até 2012, o salário mínimo no Brasil ainda compra  pouco. Em dezembro de 2011, a cesta básica dos paraenses custava R$ 243,75 e comprometeu quase metade do total recebido, R$ 545,00 na época.

De acordo com o Dieese, o impacto em relação aos gastos da cesta básica deverá diminuir pouco com o novo mínimo. Para que o trabalhador pudesse atender os preceitos constitucionais, como o direito a habitação, vestuário, transporte, educação, alimentação, saúde e lazer, o salário constitucional deveria ser em torno de R$ 2.329.

Fonte: DOL

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