Dilma cria novas unidades de conservação e reservas

Dilma Rousseff assinou vários atos, nesta terça-feira

A poucos dias do início da conferência Rio+20, a presidente Dilma Rousseff assinou vários atos, nesta terça-feira, em comemoração ao Dia Mundial do Meio Ambiente. Entre as medidas, estão a criação do Comitê da Bacia Hidrográfica do Paranapanema, a criação e a ampliação de unidades de conservação e um decreto tornando as compras governamentais sustentáveis.

Foram criadas a Reserva Biológica Bom Jesus (PR) e do Parque Nacional Furna Feia (RN). Os decretos também ampliam as áreas do Parque Nacional do Descobrimento (BA), da Floresta Nacional Araripe-Apodi (CE) e da Floresta Nacional Goytacazes (ES).

Durante seu discurso, Dilma defendeu que o crescimento do país deve ser conduzido aliado a preservação da natureza.

– O novo Código Florestal é o mais recente dos marcos regulatórios. O desenvolvimento deve ser sempre sustentável, é um imperativo ético e de eficiência. Nossa economia, para ser edificante e competitiva, tem que ser sustentável. Preservar matas ciliares é fundamental – disse Dilma.

– A utilização de métodos compatíveis com o meio ambiente é a melhor opção para o crescimento sustentável. Crescer, distribuir e usufruir riqueza, sem proteger o meio ambiente, é o pior dos egoísmos. E a gente pode dizer que é um egoísmo burro, exercido contra nós, contra nossos filhos, nossos netos e descendentes. O egoismo que se exerce e se esgota em si mesmo. É cair numa armadilha – continuou.

A presidente destacou que o Brasil vem trilhando esse caminho, e ainda promovendo a inclusão social:

– PIB cresceu mais de 40% na última década. Neste mesmo período, 40 milhões de brasileiros ascenderam à classe média, sem abusar de nossos recursos naturais. Crescemos, incluímos e ao, mesmo tempo, nos transformamos em referência em preservação ambiental.

Na mesma cerimônia, a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, anunciou que a Amazônia Legal teve 6.418 quilômetros quadrados de desmatamento no período de agosto de 2010 a julho de 2011, a menor taxa dos últimos 23 anos. Usando dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), a ministra deu a informação em cerimônia, no Palácio do Planalto, em comemoração ao Dia Mundial do Meio Ambiente.

– Esse dado representa a metade do que havia em 1992 e um terço a menos do que foi em 2004 – disse Izabella.

A ministra aproveitou a cerimônia para anunciar os dados mais recentes do desmatamento no Brasil. De acordo com o Deter, do Inpe, em maio foi apurada uma redução de 64% nos alertas de desmatamento na Amazônia Legal, na comparação com o mesmo período de 2011. Em abril, a redução foi de 51%, na mesma comparação, e entre agosto do ano passado e maio deste ano, a redução nos alertas é de 25%. Esses alertas incluem todos os níveis de corte da floresta.

Fonte: O Globo

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