Detentos da Penitenciária de Cucurunã estão se ressocializando
Detentos do Cucurunã buscam novos caminhos através do trabalho no campo. Para quem acredita que todo ser humano merece uma segunda chance, ainda que à primeira vista pareça irrecuperável, mas Deus abre os caminhos da ressocialização e a chance aparece, ainda que seja no lugar onde ele está prestando contas de seus atos irresponsáveis e fora da Lei, que é a Penitenciária Agrícola do Cucurunã, em Santarém, sob o comando do coronel Walter Martins, contando com participação de técnicos especializados em áreas diversas, com educação e saúde, entre outras.
Um dos vários exemplos de que a vida pode mudar, para quem se propõe a ter uma conduta de bem, é o detento Antônio Medeiros Silva, natural de Paruapebas, que foi preso quando fazia tráfico de drogas. No ano de 2007, um carregamento ilegal, que prometia render muito ao comerciante atacadista, acabou por levá-lo a ser preso no antes Mercado da Buchada, na Vila Arigó, no bairro da Prainha. E o ex-comerciante, que por tramas do destino e pelo mau uso do livre arbítrio, agora se esforça para cumprir sua pena e nunca mais voltar ao crime, estuda e trabalha para limpar seu nome e voltar ao convívio de sua família. Importante ressaltar que existe uma parceria com todas as denominações religiosas de Santarém, que trabalham arduamente a vida espiritual dos detentos. Os representantes das igrejas, católicas e evangélicas visitam a Penitenciária a semana inteira, uma contribuição importante junto à direção da Casa Penal.
E oportunidades não faltam; muitas parcerias com empresas e órgãos públicos estão sendo feitas. O resultado são os projetos de criação de porcos de raça que de tão bem tratados, possuem tamanho e peso demonstrando qualidade e garantia no abate e reprodução, cabras, galinhas, patos e até de plantio de fibra do curauá, que comercializados, revertem em fundos para a manutenção do projeto de ressocialização que é posto em prática na área externa da Penitenciária do Cucurunã. “Estamos buscando parceira junto à sociedade, à 9ª Vara (de Justiça), para melhorar e ampliar a parte de produção do Centro de Recuperação Penitenciária Silvio Hall de Moura”, explicou o vice-diretor, o administrador de empresas Vianey Pinto de Lira.
São 16 internos trabalhando nos projetos de suinocultura, ovinocultura, que é feito em parceria com a empresa Avis Pará. O projeto de piscicultura em breve será retomado. Além da criação de patos e galinhas caipiras. O projeto de cultivo da fibra de curauá depende apenas de doação de uma máquina para beneficiamento e produção da fibra, o que deve ser feito através de parcerias. Além de curso de panificação, fabricação e material de higiene, pintura em tecido e vários outros, com a produção sendo consumida na própria Unidade Prisional. Existem também casos de internos do regime semi-aberto, com bom comportamento que trabalham fora, em empresas da cidade. São 26 internos que saem para o trabalho e voltam à Casa Penal somente para passar a noite. Um projeto que também está tendo bons resultados.
O vice-diretor ressalta que o projeto com os detentos tem tido resultados 100 por cento positivos. Para fazer parte basta que o detento esteja participando do regime semi-aberto e que tenha bom comportamento carcerário e tenha saído e retornado em indulto, obedecendo os benefícios concedidos por Lei.
Além do projeto de campo, com plantio e criação, também existe na Penitenciária o curso de alfabetização, e também ensino fundamental e médio, que foi implantado no ano de 2012, funcionando em parceria com a URES e Secretaria Municipal de Educação. Todos funcionam dentro da Unidade Prisional e, professores do Estado e do Município comparecem para ministrar aulas. Ao final, a certeza em ter dado mais uma chance aos que se afastaram de maneira brusca da sociedade.
Novas instalações: A penitenciária Agrícola do Cucurunã está com projeto de expansão, sendo construídas duas unidades, uma para presos femininos, com 105 vagas e outra para presos provisórios e Centro de Triagem. A previsão para entrega dos dois prédios é para o mês de março. Com a conclusão dessas duas unidades, a certeza de que as chances a quem quiser se resignar, aproveitando o indulto dado por Lei, e não pela direção da Penitenciária, para sair e retornar, no cumprimento da pena, e voltar a ser gente de bem, será mais ampliada. “Nossa intenção é que o preso se profissionalize e possa voltar ao convício com a sociedade”, afirmou Vianey. O melhor de tudo é que muitas empresas e órgãos públicos acreditam e participam desse projeto de ressocialização que com certeza pode e deve melhorar mais ainda.
Fonte: RG 15/O Impacto e Carlos Cruz
Estes profissionais da penitenciaria, são pesoas muito sérias e trabalham com muito amor ao ser humano e, acima de tudo acreditam no ser humano, forte abraço a todos VCS – IRANILDO.