CCZ: População é culpada pelo surto de dengue e calazar

João Alberto Coelho faz a denúncia
João Alberto Coelho faz a denúncia

O Diretor da Divisão de Vigilância e Saúde (DIVISA), Dr. João Alberto Coelho, em contato com a equipe do jornal O Impacto, destacou que a falta de conscientização faz com que a proliferação do mosquito Aeades Aeghypti seja mais prolongada. Também a doença do Calazar, que é transmitida por cães, tem a falta de higiene humana como principal fator de contaminação. “Os levantamentos que fizemos nos bairros, indicaram  a necessidade de um trabalho mais forte, com ajuda da população, senão poderemos ter sérias epidemias”, foi o que alertou o diretor da Divisa, antes Centro de Controle de Zoonoses do Município.
Conforme João Alberto Coelho, “as borracharias são pontos estratégicos, assim como as sucatas, que têm prioridade, porque o pneu acumula água e como o mosquito Aeades Aeghypti é um vetor muito inteligente, tendo água ele desova mesmo”, explicou. O diretor da Divisa falou do trabalho intensivo que existe; a busca de pneus, e recolhimento nas borracharias.
Impunidade: Um dos fatores que ajudam na infestação de focos da dengue é a impunidade, detalhe que atrapalha o trabalho do diretor da Divisa: “Infelizmente por aqui não existe penalidade, o que nos resta é o Código de Postura do Município”, citou o especialista. Mas o que se sabe é que a lei municipal é desrespeitada, quando se vê pneus e todo tipo de entulho tomando o espaço de calçadas, conseqüentemente atrapalhando o tráfego de pedestres.
Por conta de toda impunidade e falta de conscientização, surge outro problema, que são os casos de Calazar. “Um problema que também nos preocupa muito, por termos o flebotomínio, que é mosquito transmissor do Calazar”, disse João Alberto. Nesse caso, o mal é transmitido quando existem terrenos baldios, com muito capim. “É diferente do Aeades, que precisa de água, este outro tipo se reproduz em matéria em decomposição: capim, fezes de animais, lama, locais onde ele deposita seus ovos e que se reproduz”, explicou o médico e coordenador da Vigilância e Saúde. O ciclo de contaminação do Calazar se constitui de mosquito, cão que é picado e homem que é contaminado. “Temos que ter esses cuidados, limpar os quintais; donos de terrenos manter os imóveis limpos”, destacou.
Semsa apreende medicamentos vencidos no Planalto: A Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) de Santarém realizou na manhã de terça-feira, dia 29, um arrastão na comunidade Tabocal, no planalto santareno. A equipe de fiscais visitou residências, apreendeu cães e fiscalizou comércios e farmácias. A equipe apreendeu produtos e medicamentos com data de validade vencida. A ação é resultado de denúncias, segundo noticiado e fotografado pela equipe do site notapajos.com
“O consumidor deve estar atento, realmente, nos estabelecimentos comerciais, na prestação de serviços, saber se o local tem licença, a procedência dos produtos. A carne tem que estar refrigerada, ela não pode estar exposta”, informou o coordenador da Vigilância Sanitária de Santarém, Valter Matos. Na “varredura”, cães que estavam nas ruas também foram capturados e levados para avaliação no Centro de Controle de Zoonoses (CCZ).
“Animais vadios podem causar acidentes de trânsito, principalmente na BR 163, e também, um trabalho preventivo da transmissão de zoonoses, principalmente do Calazar, que é uma doença grave e que pode matar o ser humano. Aqueles que não tiverem condições de serem doados vão ser sacrificados. Com relação aos animais em perfeitas condições de saúde, nós vamos aguardar 72 horas para que o proprietário faça o resgate. Caso contrário, os animais serão doados”, informou o coordenador do CCZ, Gilvane Dourado.
Para o trabalho de conscientização e orientação à saúde ficar completo, os agentes de combate às endemias visitaram casas e destruíram os focos de dengue encontrados.
O agricultor José Silva estava com febre desde que resolveu limpar um terreno, há seis dias e conta que suspeita da doença. “Uma quebradeira no corpo, as juntas doídas, uma dorzinha de cabeça e febre”, disse.
“Estamos fazendo esse arrastão para ver se ameniza o foco do mosquito, tentando eliminar, e juntando o lixo. Todas as pessoas que estão sendo prejudicadas pelo mosquito, estamos encaminhado ao posto de saúde para a coleta de sangue e verificação do tipo da dengue que está ocorrendo na comunidade”, afirmou o coordenador dos agentes de endemias, Yandryerley Jaks.

Por: Carlos Cruz

2 comentários em “CCZ: População é culpada pelo surto de dengue e calazar

  • 3 de fevereiro de 2013 em 19:21
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    não somos obrigados a dá bom dia aos colegas senhora..

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  • 1 de fevereiro de 2013 em 10:20
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    EU CONCORDO COM TUDO QUE O DR JOÃO ALBERTO, FALOU É UMA PURA VERDADE, TODO MUNDO QUER CRIAR CACHORRO, SEM TER CONDIÇOES DE ACOMODAR OS BICHOS, E DEIXA OS SOLTOS NAS RUAS, ESPERO QUE NESSE GOVERNO, MUDE A CARA DO CCZ, POIS NO PASSADO, EU PRECISEI DE IR NO CCZ, E CHEGUEI CEDE, E O QUE EU VI FOI MUITA INGNORANÇA POR PARTE DOS FUNCIONARIOS, NÃO VI NENHUM DÁ UM BOM DIA PRA QUEM ESTAVA LÁ, NEM TÃO POUCO VI OS PROPRIOS SE CUMPRIMENTAREM, VI MUITA ARROGANCIA ISSO SIM. ESPERO QUE ELES TRABALHEM, FAÇAM SEU PAPEL, QUE A POPULÃO AGRADECE!!!

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