Rede celpa acusada de prejudicar produção rural na região

Adamor dos Santos diz que produção agrícola está comprometida
Adamor dos Santos diz que produção agrícola está comprometida

Presidente da Associação de moradores da comunidade Samaúma, Adamor Marques dos Santos, fez duras críticas à Rede Celpa. Conforme o líder comunitário, a produção agrícola da comunidade encontra-se seriamente comprometida por conta da falha no abastecimento de energia elétrica na região. O problema é que existe energia somente até a metade da comunidade, no local onde deveria ser construída a fábrica de beneficiamento de frutas em polpa, não existe sequer um poste para pendurar fiação elétrica. “Tem três anos que a energia chegou perto, faltam apenas dois quilômetros para chegar na comunidade”, citou Adamor.
O líder comunitário cita que na pequena comunidade, localizada no assentamento Tapera Velha, existem 17 famílias morando, e conta também com uma igreja e uma escola, mas todas “no escuro” por conta do descaso da concessionária de energia elétrica. Pior de tudo é que nem mesmo os alimentos podem ser conservados, “o jeito é mesmo improvisar, salgando para não deixar apodrecer”, conta Adamor.
Produção agrícola prejudicada: A Comunidade Samaúma conta com 12 mil pés de cupuaçu, todos produzindo. “Depois do município de Belterra, nós somos a comunidade mais produtiva dessa fruta”, conta orgulhoso o líder comunitário.
Porém, tanto orgulho cai por terra, quando se sabe que apesar de milhares de pés de cupuaçu, 20 mil pés de cacau em fase de produção, mais de 8 hectares de mandioca, uma fábrica de produção de farinha toda mecanizada, pronta para ser instalada, financiada pelo projeto Pará Rural, no valor de 160 mil reais. “Nós temos projetos aprovados em mãos”, conta ele, que conta com projeto aprovado pela comunidade para instalação de polpa toda mecanizada, para doces e cremes tropicais. “Porém, estes órgãos, Dema e Pará Rural, somente vão liberar estes recursos se tivermos energia, pois eles temem que seja construído um prédio e se transforme em elefante branco”, conta ele.
Adamor Marques cita, também, que o prejuízo é maior, levando-se em consideração a produção de goiaba, taperebá e muruci, que não pode ser beneficiada, nem vendida. “Estamos pedindo à equipe do jornal O Impacto que interceda por nós, que a Rede Celpa possa colocar energia. Na Celpa não se consegue falar com ninguém; já procuramos o Ministério Público, mas nada foi resolvido”, desabafou o presidente da Comunidade Samaúma, Adamor Marques.
Por: Carlos Cruz

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