Tamanduaí é resgatado em rodovia e volta à floresta no Pará
Turistas salvaram um tamanduaí que tentava atravessar a rodovia PA-481, em Barcarena, a 123 km de Belém. O animal, um Cyclopes didactylu, foi entregue na sexta-feira ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) do Pará. Ele apresentava cerca de 15 cm de comprimento (sem a cauda) e 300 g de peso. Resgatado, mamífero foi entregue ao instituto em uma caixa de sapato e, depois de examinado, devolvido a uma área segura de floresta.
“Tivemos sorte de o bicho, que é muito pequeno e lento, ter sido visto antes de ser atropelado”, disse o chefe da Divisão de Fauna do Ibama no Pará, Leandro Aranha. Segundo ele, apesar da falta de estatísticas, é grande o número de morte de animais por atropelamentos em todo o Estado. “Um espécime arbóreo só faria uma jornada destas, por terra, numa situação crítica. Provavelmente, perdeu seu habitat para o avanço dos desmatamentos na região. Ou ele partia em busca de uma nova mata ou morria de fome”, afirmou.
Com hábitos noturnos, o tamanduaí passa o dia enrolado nas copas das árvores e se alimenta principalmente de formigas. No Brasil, há registros da espécie na região amazônica e, com menos frequência, no Nordeste.
O tamanduaí não está incluído na lista dos animais ameaçados de extinção, mas pouco se sabe sobre a abundância da espécie, que sofre com a destruição de florestas e a sua captura na natureza. Ainda é comum na região amazônica o tamanduaí, também conhecido como tamanduá-anão ou tamanduá-seda, ser criado ilegalmente em cativeiro como animal de estimação.
Redação terra