Sanecon culpa Infraero por atraso na obra do aeroporto
Em resposta à Superintendência Regional da Infraero, que anunciou de que a empresa responsável pelas obras de ampliação do Aeroporto Maestro Wilson Fonseca, em Santarém, Oeste do Pará, não fazia mais parte do consórcio de construção, a empresa Sanecon fala sobre os verdadeiros motivos pelo qual realmente aconteceu a rescisão de contrato entre a empresa e Infraero.
“A Infraero divulgou que a Sanecon tinha recebido o valor correspondente a R$ 600.000, quando na verdade só recebemos aproximadamente R$ 480.000 brutos, pois descontadas as pesadas multas mensais, e as retenções não recebemos nem R$ 380.000. E foi aplicado na obra cerca de R$ 700.000, demonstrando claramente o prejuízo da empresa que sempre fez todos os esforços possíveis para o bom andamento e conclusão da obra”, disse a direção da empresa Sanecon.
“O fiscal Ocir Fernandes, já entrou na obra fazendo de tudo para que houvesse atraso, pois não pagou o engenheiro residente, de agosto a dezembro, nem a manutenção do canteiro de obras e sem sequer ter entregue os projetos executivos”, declarou.
“A fiscalização sempre procurou ser o máximo burocrática para travar o andamento das obras, tanto que no final de março a Infraero trocou a fiscalização, ele fez a mesma coisa em Marabá, onde o contrato também foi rescindido. A Infraero não entregou nenhum projeto executivo, somente os projetos básicos, e principalmente ela licitou a obra sem ter os projetos da estrutura metálica da cobertura, e até hoje estes projetos não existem. A Sanecon procurou a Infraero para rescindir o contrato amigavelmente, pois a forma como a fiscalização da Infraero conduzia, tornou-se impossível a continuidade das obras e foi descoberta uma irregularidade na licitação, haja vista que o modelo de pregão eletrônico é expressamente proibido por lei, pelo decreto nº 5540/2005, para obras de engenharia, e a Infraero cometeu tal irregularidade”, informou a empresa Sanecon.
“Os preços da Infraero são impraticáveis, visto que levam em consideração o preço nacional. Ora, em Santarém um saco de cimento chega a R$ 30,00, sendo que em Brasília custa R$ 14,00. Sem contar os materiais de acabamento da obra que para chegarem a Santarém, consomem mais de 50% do valor. Resta perguntar por que todas as obras da Infraero estão paralisadas no Pará, com rescisão contratual? Basta olhar para o prédio da Engenharia no aeroporto de Belém, para o aeroporto de Marabá, e também para o aeroporto de Macapá, que nunca saiu também”, finalizou a empresa Sanecon.
Fonte: RG 15/O IMpacto e HC