Anselmo Colares: “Não há interferência de partidos políticos na Ufopa”

A menos de quarenta dias para as eleições da nova reitoria da Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa), marcada para o dia 18 de novembro próximo, nomes e chapas começam a ser especuladas nos bastidores da instituição de ensino superior. Interferências políticas por parte de filiados do PSDB e do PT, na formação das chapas foram descartadas por parte dos pré-concorrentes.

O professor Anselmo Colares, pré-candidato a vice-reitoria, acredita que não existe grupos políticos envolvidos na composição das chapas que vão concorrer às eleições para a reitoria da Ufopa, nas eleições de novembro deste ano. Por outro lado, ele revela que no meio das composições há possibilidades de existir pessoas filiadas a grupos políticos tanto de um lado quanto de outro.

“Agora, se essas pessoas vão vincular a chapa ou as propostas a um partido isso é uma questão de caráter. Existem pessoas que não são vinculadas a nenhum partido, mas vendem a alma para o diabo”, analisa.

Segundo o professor Anselmo Colares, existem pessoas que têm ética e responsabilidade e que mesmo pertencendo a um grupo político sabe fazer a diferença entre o ambiente do partido e da Universidade. Além disso, para ele, em uma universidade é impossível ter ‘marionetes’ de um partido.

“A não ser que nessa universidade não tenha condições para o exercício da democracia. Estamos há 04 anos sem ter eleição e, onde os cargos são todos por nomeação, isso favorece bastante a ingerência política externa”, afirma.

O professor Anselmo observa que quando dentro da universidade as regras democráticas funcionam e as diferentes vozes são ouvidas e respeitadas, isso praticamente neutraliza a possibilidade de um partido político ter força sobre a instituição de ensino. Ele reafirma que a forma de gestão de toda universidade pública é colegiada.

“A estrutura de uma universidade desde a reitoria até os cursos ou, se a gente pensar ao contrário deles, desde a menor idade até a reitoria que é a maior idade, toda ela deve ser de forma democrática e colegiada. Isso significa que num curso a escolha do coordenador deve ser feita entre seus pares e de preferência envolvendo a comunidade constituída por técnicos e estudantes”, considera.

OPORTUNIDADE: Já a professora Raimunda Monteiro lembra que quatro anos depois de implantada, a eleição vai ser uma oportunidade que a comunidade acadêmica terá de escolher seus representantes por meio da consulta que será feita a professores, técnicos e estudantes. Essa oportunidade de indicar a nova direção, segundo ela, representa uma decisão que vai refletir nos próximos quatro anos da gestão.

“Nos próximos quatro anos não vamos ter tantos recursos como tivemos agora, onde quase R$ 280 milhões foram destinados para o processo de implantação e consolidação. Já tivemos mais de R$ 104 milhões destinados a requisição de equipamentos e nos próximos anos os investimentos serão diminuídos pelo o que está planejado pelo MEC. É um desafio grande de consolidação da Ufopa nos próximos anos, já com uma direção nova”, prevê.

De acordo com a professora Raimunda Monteiro, a Ufopa terá um papel fundamental na formação de novos profissionais que vão atuar na engenharia, na gestão de recursos naturais e pública, na formação de professores e na economia. Para ela, a região de Santarém está consolidando as vias de integração com o Centro-Sul do Brasil, por ter se tornado um entreposto portuário que tem um grande significado para o Brasil, mas também a nível internacional.

“Temos que ver isso, por estarmos em numa região bem localizada, no norte do continente, no momento em que a Amazônia recebe grandes investimentos. A Universidade tem tudo para se tornar uma instituição de grande peso, para o desenvolvimento regional. O Projeto da Universidade prevê 10 mil alunos e cerca de 700 servidores técnicos e 500 professores para os próximos anos”, adianta.

Fonte: RG 15/O Impacto