Idesp e Ipea e UFPA discutem divisão do Estado

Na próxima sexta-feira, às 10 horas, será realizada a primeira reunião técnica entre as instituições responsáveis pelos estudos sobre a vialibade social, ambiental e econômica da criação dos estados de Carajás e Tapajós. Adelina Braglia, presidente do Institudo de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Estado do Pará (Idesp), Carlos Maneschy, reitor da Universidade Federal do Pará (UFPA), e Francisco de Assis Costa, titular da Diretoria de Estudos e Políticas Regionais, Urbanas e Ambientais do Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea), vão discutir a metodologia que será construída para o estudo, os prazos para a conclusão da análise e as atribuições de cada órgão envolvido no trabalho. “É uma conversa mais operacional”, explica Adelina.

Coordenador dos estudos sobre a divisão, o Idesp havia realizado, no dia 20 deste mês, uma reunião com três especialistas no tema: os professores Gilberto Rocha, Roberto Correa e Carlos Augusto, da UFPA. “Cada um deles, na sua área de atuação, já tinha análises sobre o assunto. Então, era importante para o Idesp ouvir quem já tem experiência de trabalho nessa área, para que a gente pudesse unir as nossas informações com outras visões de divisão do Estado. Porque a determinação que a gente tem do governador Simão Jatene é que a população possa receber um conjunto de informações que auxilie a decisão e a discussão até o plebiscito. A divisão do Estado hoje está capitulada por diversos sentimentos. Alguns naturais, como distanciamento, sensação de abandono da administração pública. Mas existem também uma série de vácuos nessa discussão. A gente presume que todos os que desejam a separação devem pensar que o objetivo principal disso é a melhoria da qualidade de vida dos brasileiros que vivem no Pará. Para isso é preciso deixar de lado um pouco a paixão, a emoção, os desejos e trabalhar em cima de dados concretos”, defende a presidente do Idesp.

Ela observa que o Instituto realizou um estudo preliminar sobre a tema, que seria um retrato da divisão do Pará. Na análise, o Idesp propõe algumas variáveis, como população, investimentos públicos e alguns indicadores de saúde e educação. No entanto, observa Adelina, essas informações não podem ser tratadas como definitivas para uma avaliação.

O objetivo é que esse trabalho seja organizado no máximo até meados de agosto. “Daí pra frente o próximo passo é discutir a proposta e colocar essa informação disponível à população”. Na próxima semana, o Ideps disponibilizará em seu site (www.idesp.pa.gov.br) os estudos e pesquisas preliminares já realizado por alguns
professores sobre o assunto.

O Liberal

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