PTB desistiu de indicação de Cristiane Brasil para Ministério do Trabalho

 O ex-deputado federal Roberto Jefferson, presidente nacional do PTB, afirmou nesta terça-feira que o partido desistiu da indicação da deputada federal Cristiane Brasil (PTB-RJ), sua filha, para o Ministério do Trabalho. Em sua conta no Twitter, Jefferson criticou a “indecisão” da ministra Cármen Lúcia, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), que suspendeu provisoriamente a posse de Cristiane Brasil, mas não chegou a julgar o mérito do caso.

O ex-deputado disse que a decisão do partido “visa proteger a integridade de Cristiane e não deixar parada a administração do ministério”. Jefferson ainda agradeceu ao presidente Michel Temer e aos seu colegas de partido “pelo apoio e respeito” à indicação da deputada, e disse que vivemos um “período de caça às bruxas”.

O deputado Benito Gama (PTB-BA) confirmou a decisão, e disse que as conversas caminham para que o partido decida pela efetivação do ministro interino, o advogado Helton Yomura.

Helton Yomura é secretário executivo do Ministério do Trabalho e também é filiado ao PTB. Ele tem boa relação com Cristiane Brasil e já advogou para ela em 2006.

ENTENDA O CASO

Cristiane Brasil foi nomeada ministra pelo presidente Michel Temer no começo de janeiro deste ano, mas teve sua indicação suspensa por um juiz federal de Niterói (RJ). A decisão foi revertida depois pelo vice-presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro Humberto Martins, que liberou sua posse. Em 22 de janeiro, Cármen deu uma decisão liminar, ou seja provisória, suspendendo novamente a posse.

Na semana passada, a ministra confirmou decisão, argumentando que caberia apenas ao STF decidir sobre esse assunto, mas deixou o mérito — se uma pessoa condenada em ações trabalhistas pode ser ministra do Trabalho — para ser julgado futuramente.

A disputa judicial pela nomeação de Cristiane Brasil começou em 8 de janeiro, quando o juiz Leonardo da Costa Couceiro, da 4ª Vara Federal de Niterói, suspendeu a posse por ofensa à moralidade. O juiz considerou que não poderia ser ministra do Trabalho alguém que responde a ações trabalhistas na Justiça.

Fonte: O Globo

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