Maracujá que cresce em formato fálico vira bloco de carnaval no MA

Maracujá em formato fálico vira bloco de carnaval no Maranhão (Foto: Divulgação/Bloco Maracujá do Pânico)

O maracujá que cresce em formato fálico, na cidade de São José de Ribamar (MA), inspirou a criação de um bloco de carnaval. O antigo “Amigos do Pânico” se transformou em “Maracujá do Pânico”, segundo um dos fundadores do grupo carnavalesco, Joedson Barbosa Lima, 41 anos. O bloco sai no dia 12 de março.

“O sucesso do maracujá foi tão grande, a repercussão que o caso provocou na cidade, sendo assunto em praticamente todas as mesas de bar e em rodinhas de amigos, que fez a gente pensar em mudar o nome do bloco”, afirmou Lima, que é vizinho do maracujazeiro mais famoso de São José de Ribamar.

O antigo bloco foi criado por ele e mais quatro amigos em 2008. “No último carnaval, foram mais de três mil pessoas que seguiram o nosso trio elétrico [picape com equipamento de som mais potente que o habitual] pela avenida principal da cidade. Esperamos o mesmo público para este ano”, disse Lima.

Ele afirmou que não esperava que o bloco fosse fazer sucesso esse ano. “O maracujá acendeu a folia ainda mais, pois só mandamos fazer 400 abadás e já temos pedidos de mais de três mil pessoas para sair no bloco. Infelizmente, por estar em cima da hora, não teremos como fazer mais abadás”, disse Lima. Cada abadá custa R$ 15.

Maracujá cresce em formato de orgão genital masculino em São Jose de Ribamar (Foto: Honório Moreira/OIMP/D.A Press)

História do maracujá fálico
O fruto foi plantado há dois anos pela dona de casa Maria Rodrigues de Aguiar Farias, 53 anos, em um balde, no quintal de sua casa, em São José de Ribamar.

Segundo relato feito por ela aos pesquisadores da Embrapa, o fruto nasceu apenas em janeiro com o formato de pênis. “Ela nos disse que o maracujá surge no formato ovalado e depois se desenvolve com aquele formato. É a primeira vez que temos notícias de um fruto com essas características aqui no Maranhão”, disse Marcelo Cavallari, pesquisador de recursos genéticos vegetais da Embrapa.

Cavallari afirmou ainda que a dona de casa recebeu da filha a semente do maracujá. “Nenhuma das duas viu como era o fruto originário, o que poderia nos ajudar na pesquisa. Não temos como confirmar o que realmente aconteceu com o maracujá, mas acreditamos que possa se tratar de uma mutação genética. Como todos os frutos têm o mesmo formato, a possibilidade de má formação é menos possível.”

Ele explicou que a existência do maracujá com formato de pênis chamou a atenção de moradores da região, o que teria assustado Maria Rodrigues e dificultando o acesso científico ao fruto. “Para que possamos fazer uma pesquisa mais detalhada sobre o que aconteceu com o maracujá, ela precisa assinar um termo de anuência prévia de provedor, o que nos permitirá fazermos análises com o fruto. Estamos em fase de conversação, já que ela está assustada com a movimentação na casa dela.

Do G1

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