Desmatamento e exploração

O avanço do desmatamento, especificamente, sobre a floresta Amazônica, é prática comum nos estados brasileiros. Inclui-se trabalho escravo explorado por latifundiários. Neste sentido, a pecuária está à frente de outros setores. Vem liderando as infrações cometidas tanto na Amazônia como no resto do País. Levantamentos feitos revelam quais os setores econômicos que são os campeões na exploração do trabalho escravo.

Os empregadores têm sido flagrados com freqüência. O Ministério do Trabalho e Emprego tem uma ampla lista daqueles que tiram proveito e aumentam suas riquezas por meio de atividades escravocratas. Sorte dos que foram libertados através de uma fiscalização que chegou aos locais e constatou a exploração do ser humano. Ainda existe muitos lugares que não é possível comprovar o crime, que por uma questão de pobreza e miséria não encontram outra maneira de trabalhar e ter o direito respeitado.

Os números daqueles que chegaram a ser libertados mostram o quanto os exploradores tiram proveito de uma situação que vem se agravando entre a população brasileira. Enquanto isto, no Congresso Nacional, os ruralistas partem para o ataque em defesa dos que exploram o trabalho escravo e o desmatamento em território brasileiro.

O total dos que foram libertados causa surpresa. Estamos em pleno século XXI e as leis trabalhistas ainda não são cumpridas, como devia ser. A lista dos que foram libertados do trabalho escravo inclui na pecuária 2.536 (Pará, Maranhão, Tocantins, Rondônia e Mato Grosso). Na cana de açúcar: 2057 ( Mato Grosso do Sul, Goiás e Mato Grosso). No carvão vegetal: 514 (Bahia e Mato Grosso do Sul). Na soja: 186 (Goiás e Piauí). No algodão: 494 (Bahia e Mato Grosso). Outros setores onde se incluem o desmatamento, o cultivo do capim, eucalipto, construção civil e plantações de frutas que chegam a 7.337.

Há uma grande diferença entre os que estão no trabalho escravo e os senhores latifundiários. Os que sofrem a exploração não têm a facilidade de garantir os seus direitos, já que são obrigados a votar em quem depois de eleitos, não estão nem aí. Os que exploram, além de fazer parte de uma elite dominante, têm seus interesses garantidos lá no Congresso Nacional por um poderoso grupo chamado de ruralistas.

A bancada ruralista já está de olho na votação do Projeto do Novo Código Brasileiro Florestal. Vão partir para o ataque. Querem diminuição da reserva legal em propriedades na “Amazônia legal”, que engloba nove estados da Federação. Não abrem mão de aprovar uma anistia ampla, geral e irrestrita para os proprietários de terras, que foram multados por crimes ambientais, ou seja, a destruição sem limites das florestas sem a devida recuperação.

As dúvidas dos ocupantes de extensas áreas de terras vão além de um bilhão de reais. Podem causar prejuízos aos cofres públicos, dependendo da aprovação que os ruralistas querem realizar. Dá para perceber que além dos prejuízos causados pelo desmatamento e exploração, a coisa ainda vai longe, com base na impunidade.

Aniversário – Professor Raimundo Navarro, que foi Secretário de Educação e Vereador, completa idade nova no dia 21, segunda-feira, porém, os festejos serão antecipados para o domingo, em sua chácara no Irurama.

 Por: José Alves

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